A clínica não possuía licença sanitária para a realização de procedimentos estéticos invasivos e de alta complexidadeDivulgação
Apesar de não possuir licença sanitária para a realização de procedimentos estéticos invasivos e de alta complexidade, a clínica PrimeSculp oferecia serviços de alta complexidade nas redes sociais. A ação fiscalizatória integrada tinha a finalidade verificar informações obtidas através do monitoramento desses anúncios divulgados na internet. Só no Instagram, a clínica acumula mais de 14 mil seguidores.
Segundo a Polícia Civil, proprietários de outras clínicas de estética na cidade do Rio, os sócios da PrimeSculp já eram investigados por uma fraude milionária envolvendo reembolsos de operadoras de planos de saúde. Eles não foram encontrados no local.
Durante a ação, os agentes encontraram uma sala de cirurgia improvisada e evidências de que no local eram realizadas cirurgias como Lipoaspiração, Mamoplastia e Mastopexia, além de procedimentos de instalação de balão intragástrico, o que demandaria estrutura para eventuais intercorrências, como a presença de DEA (desfibrilador externo automático), equipamentos específicos de UTI, contrato com ambulância e hospital de retaguarda, o que de fato não havia e acabava por expor em risco a vida dos pacientes, além de contrariar as normas e autorizações vigentes para o local.
Ainda durante a fiscalização foram encontrados inúmeros medicamentos com prazo de validade vencido, além de medicamentos de alta vigilância e de uso exclusivo em instituições hospitalares, como o Propofol, um potente anestésico que foi apontado como responsável pela morte do cantor Michael Jackson. Em decorrência das diversas irregularidades encontradas o local foi interditado pelos agentes.
Encaminhada à Decon a gerente da clínica prestou depoimento e foi liberada, enquanto os sócios responderão por Crimes Contra as Relações de Consumo.
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