Bombeiros entram no 11° dia de buscas pelo menino Edson Davi, de 6 anos, na Praia da BarraRenan Areias/ Agência O Dia

Rio - O desaparecimento de Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, completa 11 dias nesta segunda-feira (15). O menino foi visto pela última vez por volta das 16h30 de 4 de janeiro, quando brincava próximo à barraca dos pais, na altura do Posto 4 da Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A principal linha de investigação da Polícia Civil é de que a criança tenha se afogado, no entanto, a família acredita que ele foi sequestrado. 
Marize Araújo, mãe do menino, tem esperança de encontrar o filho com vida. De acordo com ela, a criança foi sequestrada e a hipótese de afogamento já foi descartada. "O que eles falaram é que foi um afogamento, mas sem corpo? Os bombeiros que estavam de plantão no dia não viram afogamento nenhum, eu tenho testemunhas que também não viram ninguém se afogar, sabe? Eu tenho certeza que ele não se afogou. É tudo muito estranho, tem tanta coisa que a gente precisa trabalhar ainda, tem que ser tudo com calma e cautela, mas não vamos desistir. Eu tenho certeza que ele foi sequestrado e enquanto eu não encontrar meu filho, vivo ou morto, eu não vou desistir", disse em entrevista ao DIA.

A mulher disse, ainda, que tem muitas perguntas sem respostas e que gostaria de ter acesso às imagens de câmeras da Avenida Lúcio Costa. "A gente quer tentar conseguir as imagens que aparecem ele pra gente poder olhar. Não queremos fazer o trabalho da DDPA, mas como são muitos casos pra eles investigarem, acaba não tendo essa atenção que a família tem pra olhar as imagens. Queremos tentar achar alguma pista, temos muitas perguntas sem respostas", explicou.
O Corpo de Bombeiros realiza hoje o 11º dia de buscas pelo menino no mar e na extensão da praia, com drones, helicóptero, motos aquáticas, mergulhadores e triciclo. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), que investiga o caso, também procura pela criança. Segundo a especializada, a possibilidade do sequestro de Edson Davi foi descartada. Os agentes obtiveram imagens que mostram o menino brincando na areia, próximo ao mar, ao lado de uma bandeira vermelha de alerta sobre os riscos aos banhistas, antes de desaparecer. Além disso, uma testemunha relatou que ele entrou no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai, Edson dos Santos Almeida, chegou a chamar a atenção do filho.
Nesta sábado (13), familiares e amigos realizaram um novo protesto, na altura do Posto 4 da Praia da Barra, onde ele foi visto pela última vez. Os manifestantes exibiram faixas, cartazes e contestaram o afogamento da criança. Os parentes pediram que as autoridades peçam o depoimento da família de argentinos que foram vistos brincando com o menino próximo a barraca dos pais, além de quererem ter acesso às imagens e vídeos do menino à beira da água. "Liberem as câmeras, deixem eu saber o que aconteceu com meu filho Davi", dizia uma faixa feita pelos pais do menino.
A família também fez um apelo para pedestres e motoristas que passavam no local, pedindo para que ajudassem mandando pistas de Davi e buzinassem ao passar pela manifestação, ajudando a dar visibilidade ao caso.
Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço quando desapareceu. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.