Prefeito afirmou que só foi possível atingir essa meta logo no início do ano graças ao aporte do Governo FederalCleber Mendes
O patamar de 70% foi atingido pela primeira vez em 2016. Porém, após um período de desestruturação da Atenção Primária entre 2017 e 2020, essa taxa diminuiu para 46%. A partir de 2021, com a reestruturação da rede municipal, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recuperou o quadro de profissionais e ampliou a Estratégia Saúde da Família (ESF) em 209 novas equipes.
Ao lado do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o prefeito afirmou que só foi possível atingir essa meta logo no início do ano graças ao aporte do Governo Federal. "Quem precisa de saúde pública são aquelas pessoas que não têm condições de pagar um plano de saúde e não conseguem ir para um hospital particular. Ou seja, a população mais pobre da cidade. São pessoas das Zonas Oeste, Norte e também das favelas do Rio que passam a ser atendidas por essa brilhante iniciativa que é o programa Mais Médicos", afirmou Paes.
A falta de médicos nas equipes de Saúde da Família estava em 31% no início de 2021 e hoje é de apenas 2% sobre um total de 1.294 equipes. São 2.054 médicos contratados, o maior patamar da história da Atenção Primária à Saúde no município, incluindo os 218 profissionais do Mais Médicos para o Brasil, que teve adesão recorde no Rio de Janeiro.
"O objetivo de chegar aos 70% foi cumprido e, gradativamente, nós vamos tentar ampliar. Em março, vamos receber mais 100 médicos do Ministério da Saúde. A prioridade para alocar esses profissionais são as Zonas Norte e Oeste, que são as áreas que mais precisam", destacou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Ana Fátima Freitas Brittes, de 40 anos, veio da Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, para atuar na rede de Atenção Primária à Saúde da cidade do Rio. Ela já era graduada em Fisioterapia, mas concluiu a formação em Medicina em março do ano passado, no Paraguai. "A minha expectativa é a melhor possível, fui bem recebida na minha unidade e agora quero ajudar essa comunidade que tanto precisa do atendimento da Saúde Família - afirmou a médica, que vai trabalhar no Centro Municipal de Saúde (CMS) Oswaldo Vilella, em Campo Grande", diz.
Quem também vem integrar o Programa Mais Médios na Atenção Primária no Rio é o médico Fernando Hitoshi Miyabara, de 40 anos. Formado em Medicina há três anos, ele viu no programa a oportunidade de exercer a profissão fora de seu estado, o Mato Grosso do Sul: "Eu me formei no Paraguai e o programa me ajudou a trabalhar no Brasil. O Rio de Janeiro é uma capital que pode possibilitar o meu aperfeiçoamento profissional. Esse foi um dos motivos que me trouxe para cá. Quero dar o meu melhor no atendimento à população."
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