Ângelo Máximo conta que foi agredido, teve suas roubas rasgadas e cordão arrebentado Arquivo Pessoal

Rio - O advogado Ângelo Máximo, responsável pela defesa da família do pastor Anderson do Carmo, ex-companheiro de Flordelis assassinado em 2019, registrou uma ocorrência por agressão, nesta segunda-feira (22), contra um dos genros da ex-deputada federal. A ação, comunicada à 81ª DP (Itaipu), teria sido praticada por Elias de Souza Azevedo.

Segundo o advogado, ele e sua mulher saíam de um supermercado de Piratininga, em Niterói, Região Metropolitana, quando o familiar de Flordelis se aproximou e, primeiro, começou a o ofender e ameaçar. A deputada foi condenada a 50 anos de prisão, em novembro de 2022

"Quando acabo de pagar compras e estou saindo, escuto os insultos de: 'Advogado careca, safado. Advogado careca, safado'. Olhei, vi que era o Elias, e fiz de conta que não era comigo. Até porque sou conhecido no mercado. Sempre faço compras ali, todos me conhecem. Até a hora que ele se aproximou de mim e eu disse: 'você está me estranhando'. Quando falei isso, ele partiu para cima de mim, me atacando, rasgando minha camisa, arrebentando meu cordão", contou Ângelo.

Durante a confusão, o advogado revelou que Elias disse que iria o matar e também a delegada Bárbara Lomba, inicialmente responsável pelo inquérito. "Eu não entendi nada, o pessoal do mercado também não entendeu nada", relembrou.

Após ter prestado queixa, Ângelo afirmou que voltou ao mercado para procurar uma medalha de São Jorge que perdeu quando seu cordão foi arrebentado. No local, ele mencionou que procurou os responsáveis pelo estabelecimento para solicitar as imagens de câmeras, mas foi advertido de que as filmagens só seriam entregues à polícia.

"Lá soube pelos seguranças que ele estava lá dentro do mercado me seguindo e me xingando há um bom tempo. O tempo que fiquei fazendo compras, mas em nenhum momento observei isso. Em nenhum momento cheguei a ver ele me xingando dentro do mercado. Só presenciei ele me xingando quando passei para o caixa", pontuou o advogado.

Ainda segundo Ângelo, essa é a nona ameaça que recebe e a terceira que registra na Polícia Civil. "Não tenho mais o que fazer diante desse caso. Conto com a ajuda das autoridades. Já comuniquei à Ordem dos Advogados do Brasil", finalizou.
A reportagem do DIA tenta contato com a defesa de Elias de Souza Azevedo e reforça que o espaço está aberto para manifestação.