Bombeiros buscam pelo menino Edson Davi, de 6 anos, na Praia da BarraRenan Areias / Arquivo / Agência O Dia

Rio - O advogado da família do menino Edson Davi, Marcelo Shad, disse no fim da noite desta terça-feira (23) que os bombeiros salva-vidas que estavam de plantão na data do desaparecimento da criança ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil. Segundo o defensor, os militares apresentaram um afastamento por problemas psiquiátricos. As buscas pelo menino chegaram, nesta quarta-feira (24), ao 20º dia.

"Não se pode aguardar demais esse afastamento. Eles precisam ser ouvidos, precisam trazer a versão deles dos fatos. Até porque, eles vão conseguir aclarar essa situação para que possamos entender como estava o mar naquele dia. Quais eram as condições e algumas dúvidas que existem sobre a possibilidade, em caso de afogamento, desse corpo ser levado da área de arrebentação para o mar aberto", comentou o advogado.
As investigações do caso do menino estão a cargo da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e a principal hipótese ainda é a de afogamento. Até agora, foram ouvidos familiares da criança e outras testemunhas, como a família de turistas argentinos que foi flagrada brincando com o menino, no último dia 4 de janeiro. A principal hipótese ainda é a de afogamento.
Desde então, militares do Corpo de Bombeiros realizam a varredura do espelho d'água nas praias da Barra, na altura do Posto 4, onde o menino desapareceu e também em outras praias da Zona Oeste. Nesta quarta-feira (24), a corporação esclareceu que o raio de busca foi ampliado ainda para outras praias da capital e também para Niterói. 
A justificativa para a ampliação foi o avanço das correntes marítimas que podem provocar o deslocamento da vítima para locais mais distantes da costa, longe do ponto de possível submersão.
De acordo com a corporação, as buscas seguem realizadas com o empenho de equipes de guarda-vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos-aquáticas, drones e helicópteros. Ainda em nota, o comando do Corpo de Bombeiros reforçou que as buscas pelo menino seguem sem previsão de encerramento. 
O caso
A criança desapareceu no dia 4 deste mês, na Praia da Barra, altura do Posto 4, enquanto brincava próximo ao quiosque onde os pais trabalhavam. Nos últimos dias 10 e 13 de janeiro, familiares de Edson fizeram manifestações, em frente ao local pedindo por mais informações. Com camisas e cartazes, os parentes defendiam que o menino estivesse vivo e contestavam a principal a hipótese de afogamento.