Carlos José de Franca vai a júri popular pela morte da argentina Florencia Divulgação

Rio - A Justiça do Rio decidiu, em audiência realizada nesta terça-feira (30), que Carlos José França vai a júri popular pela morte da argentina Florencia Aranguren. A vítima foi assassinada a facadas no dia 6 de dezembro do ano passado, quando fazia uma trilha em Búzios, na Região dos Lagos. Nesta primeira audiência foram ouvidas 11 testemunhas e realizado o interrogatório do acusado.
Florencia Aranguren foi morta a facadas em dezembro do ano passado - Reprodução / Redes Sociais
Florencia Aranguren foi morta a facadas em dezembro do ano passadoReprodução / Redes Sociais
Na decisão, o juiz Danilo Marques Borges, da 2ª Vara de Búzios, também manteve a prisão de Carlos José.  "O conjunto probatório coligido aos autos indica ser grande a possibilidade do crime ter sido praticado pelo acusado (...) Estão presentes, também, indícios de que o crime tenha sido praticado por meio cruel, consistente no golpeamento da vítima com diversas facadas ao longo do corpo, além da utilização de meio que dificultou a defesa da vítima", escreveu o magistrado em sua decisão.

Florencia Aranguren havia se mudado para a cidade há apenas três dias. Ela estava com o seu cachorro, próximo à praia de José Gonçalves, quando foi abordada e agredida. Guardas da Ronda Ostensiva Municipal Urbana (Romu) encontraram o corpo da argentina após uma denúncia anônima. Os agentes, então, acionaram policiais militares, que iniciaram as buscas pelo assassino.
Carlos José foi preso em flagrante em um condomínio próximo ao local do crime enquanto estava se lavando. Segundo os agentes, ele estava com manchas de sangue na roupa e quando foi colocado frente ao corpo da vítima, o cachorro que a acompanhava reagiu ao vê-lo. Além disso, o laudo pericial confirmou que as roupas do acusado tinham manchas de sangue humano.
Carlos teve a prisão convertida para preventiva no dia 9 de dezembro. Em audiência de custódia, a juíza Danielle Lima Pires Barbosa citou a "extrema gravidade" do crime. "Não se pode ignorar que o crime foi praticado com arma branca de alto potencial lesivo", escreveu. O fato do acusado ter duas anotações criminais por furto e lesão corporal também colaborou para a decisão. Em 22 de dezembro, o juiz Danilo Marques Borges, da 2ª Vara de Búzios, aceitou denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) e tornou réu Carlos José de França pelo crime de homicídio qualificado.