Max, um cachorro da raça pitbull, foi morto a facadas em ItaboraíReprodução

Rio - Um cachorro da raça pitbull foi morto a facadas no dia 30 de dezembro, antevéspera do Réveillon 2024, em Itaboraí, na Região Metropolitana. Ao DIA, Wagner Almeida, de 37 anos, disse que Max fugiu de casa e se estranhou com o cão do vizinho, que deu diversos golpes de faca no animal: "um ato de crueldade".  
De acordo com o relato do técnico em mecânica industrial, por volta das 7h20 daquele sábado, o portão da sua casa, que fica no bairro Retiro São Joaquim, abriu após fortes ventos. Então, Max e o cachorro de Valdeir de Paula, se estranharam. "Meu vizinho desferiu vários golpes de facão, cortando até a coluna do cão. Eu, minha filha de 13 anos e minha mãe de 73 estamos abalados. Queremos Justiça", disse Wagner.
DIA teve acesso aos documentos da Polícia Civil, que detalham a história. Um trecho mostra que o próprio Valdeir chamou a Polícia Militar e confessou que teria matado Max para se defender. O caso foi registrado na 71ª DP (Itaboraí) e os agentes estão levantando informações para esclarecer os fatos. Em nota, a Polícia Civil informou que "a investigação ainda está em andamento".
Depois de sofrer as facadas, o pitbull chegou a ser socorrido. "Meu cachorro foi para o veterinário e na mesa de cirurgia, quando eu o chamava, ele balançava o rabo. Era muito dócil, companheiro da minha filha e da minha mãe. Foi uma covardia. Não podemos deixar esse tipo de gente impune", contou Wagner Almeida.
Quem maltrata animais é enquadrado no art. 32 da Lei 14.064/2020. A pessoa que cometer o crime de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de bichos será punida com reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Se o animal morrer, a pena pode ser aumentada em até 1/3.
*Reportagem do estagiário Leonardo Marchetti, sob supervisão de Iuri Corsini