Miguel Ângelo foi preso por agentes da DDPA em Realengo no ano de 2021Reprodução
Homem é condenado a 30 anos de prisão por morte de ex-namorada em Itaguaí
Miguel Ângelo Maia Pinho jogou Ingrid Silva, ainda viva, de uma ponte no Rio Guandu
Rio - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou, nesta terça-feira (6), Miguel Ângelo Maia Pinho a 30 anos de prisão, em regime fechado, pelo homicídio duplamente qualificado da ex-namorada Ingrid Silva, de 26 anos. O crime aconteceu em Itaguaí, na Baixada Fluminense, em 2021. O homem jogou a vítima ainda viva de uma ponte em direção ao Rio Guandu.
Durante a audiência do III Tribunal do Júri comandada pela juíza Tula Corrêa de Mello, o promotor de Justiça Fábio Vieira chamou a atenção dos jurados para o fato do acusado ter descumprido medidas protetivas de urgência previstas na Lei Maria da Penha. Ingrid havia sofrido uma tentativa de homicídio anteriormente e Miguel seria o responsável pelo crime.
"O aumento da pena foi aplicado em razão das circunstâncias do crime", explicou o promotor.
Miguel foi preso no dia 6 de julho de 2021, em Realengo, na Zona Oeste, em uma ação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Investigações da especializada apontaram que o homem jogou o corpo da vítima de uma ponte em Itaguaí na direção do Rio Guandu. Na época, a delegada Ellen Souto disse que o homem confessou o crime.
"Ele declarou em depoimento que pagou um mototaxista para que levasse a Ingrid ao seu encontro. Ele não voltou para o bairro onde morava porque o crime teve grande repercussão e estava sendo jurado de morte pela milícia", explicou a delegada.
Ingrid era considerada desaparecida pela família por duas semanas até que o corpo foi encontrado na Ilha da Madeira, em Itaguaí, dois dias antes da prisão do ex-namorado. De acordo com a investigação, a mulher e o homem iniciaram um relacionamento em janeiro de 2021 e, em fevereiro, passaram a morar juntos. Em abril, a jovem optou pelo termino do relacionamento, mas Miguel não aceitava e os dois passaram a se encontrar de forma esporádica, após a Justiça expedir uma medida protetiva contra ele.
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