Ricardo foi enterrado nesta segunda-feira (19) no Cemitério do Pechincha Reprodução / Redes Sociais
Ricardo foi socorrido por uma técnica em Segurança do Trabalho da empresa e encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. No entanto, não resistiu. A família alega que a mulher omitiu a informação da descarga elétrica. O irmão da vítima, Leonardo Santos da Silva, de 37 anos, contou que só soube da morte através de colegas. Segundo ele, a empresa não se prontificou a notificar a sobre o ocorrido.
"A gente tá tentando provar que ele tomou um choque porque quando chegamos no Lourenço Jorge, o pessoal da segurança do trabalho da Rica disse que meu irmão teve um mal súbito. O lugar que ele trabalhava tava com muita água porque tinha um ralo entupido e tinha alguns fios desencapados. Eu falei ontem com o rapaz que tentou salvar o meu irmão, ele disse que meu irmão tentava puxar ar, mas não conseguia. Ele ainda falou que quando tentou tirar meu irmão, tomou choque também", disse em entrevista ao DIA.
Ricardo trabalhava na empresa há 15 anos após ser indicado pelo próprio irmão, que também atuou como operador de máquinas no local. De acordo com Leonardo, o rapaz era um funcionário exemplar. "O meu objetivo é Justiça pelo meu irmão, ele deu o sangue dele por 15 anos lá. Só quero que eles zelem mais pelos funcionários deles porque pode acontecer com qualquer um. Eles só pensam na produção e não estão nem aí para os funcionários. Meu irmão não faltava, não chegava atrasado e dava o sangue pela empresa. Só queria que eles fossem sinceros e falassem a verdade", ressaltou emocionado.
Ani Luizi, advogada que representa a família de Ricardo, disse que já está em contato com representantes do Sindicato dos Trabalhadores para formalizar uma denúncia ao Ministério do Trabalho informando o corrido. O intuito é fazer com que as condições de trabalho dos funcionários da empresa sejam verificadas. Ainda segundo a advogada, o laudo que comprova a causa de morte do rapaz ficará pronto em 15 dias.
O corpo do operador de máquinas foi enterrado nesta segunda-feira (19), no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. Ele deixa um filho de 15 anos.
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