Exposição será inaugurada na quinta-feira (22), na GlóriaDivulgação
O trabalho é resultado de um laboratório criativo realizado com os artistas da periferia, em 2023, na Pavuna, Zona Norte. Durante dois meses, o grupo participou de experimentações corporais e sonoras, leituras, jogos cênicos e dinâmicas de sensibilização e improviso, que serviram de estímulos para que narrassem seus sonhos.
"Falar em voz alta sobre algo que meu corpo desenvolve enquanto não estou consciente tem me levado para um lugar muito criativo. Também estou muito mais interessado nos sonhos de outras pessoas. O ato de sonhar coloca todo mundo em pé de igualdade, né?" declara o morador de Realengo, Kaio Phelipe, de 26 anos.
A oficina resultou em 700 minutos, pouco mais de 11 horas, de áudios narrados pelos jovens durante o aprendizado. O material foi editado, resumido para uma hora e transformado na exposição. O projeto foi inaugurado na Arena Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, e agora chega à Glória.
O público que visitar a exposição vai passar por um caminho tátil, onde encontrará fones de ouvido espalhados por quatro pontos da sala. Cada aparelho conta uma história, misturando perspectivas documentais e ficcionais e se conecta às demais narrativas.
A exposição vai ficar na Casa Agência, até o próximo dia 3. O endereço é Rua da Glória, 18A. Depois a obra parte para o Centro Cultural Hélio Oiticica, no Centro, onde estará aberta do dia 12 ao dia 20 de março.
O projeto Pode Sonhar teve incentivo do Programa de Fomento à Cultura Carioca - FOCA da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ) e da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). A classificação é 12 anos.
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