Livia Moura é presa por estelionatoReprodução

Rio - A Justiça do Rio de Janeiro decretou, nesta terça-feira (20), a prisão preventiva de Livia Moura, que é acusada de fazer parte de um esquema para vender ingressos falsos para o Rock in Rio, descoberto em 2022.  
Lívia foi intimada para instalação de tornozeleira eletrônica em 30 de janeiro de 2023, após a prisão domiciliar ser decretada em dezembro de 2022. No entanto, no dia 13 de fevereiro deste ano, após denúncias de que Lívia tivesse cometido um novo crime relacionado a ingressos da Sapucaí, foi solicitada a prisão preventiva. Dezessete queixas foram registradas contra ela.
"Transcorrido mais de um ano, a indiciada sequer compareceu ao setor responsável para a instalação da tornozeleira eletrônica. Além disso, há notícias de que a investigada continua, supostamente, atuando na prática da venda fraudulenta de ingressos para grandes eventos, a exemplo de tickets para a Sapucaí, no carnaval 2024", escreveu o juiz Bruno Arthur Manfrenatti em sua decisão.
"Nesse sentido, a prisão se mostra extremamente necessária para assegurar a aplicação da lei penal e para a garantia da ordem pública. Também é possível observar o perigo gerado pela liberdade da investigada, diante da reiteração de sua conduta, o que expõe a perigo e, inclusive, efetivamente, lesa a sociedade. Nessa linha, é pertinente relacionar o caso com a jurisprudência do STJ", completa o magistrado.
Relembre os casos
Sapucaí
Lívia Moura foi presa, na terça-feira (13), acusada de vender entradas falsas para camarotes nos desfiles da Marques de Sapucaí. De acordo com a Polícia Civil, denúncias de vítimas do esquema dão conta de que a suspeita cobrava R$ 5 mil no par de ingressos. Os compradores eram informados pela acusada de que seus nomes seriam colocados em uma lista, mas ao chegar no local, as vítimas descobriam se tratar de um golpe.
Rock In Rio
Em 2022, Lívia foi acusada pelo envolvimento em esquema de venda de ingressos falsos para a edição de setembro daquele ano do Rock In Rio. O esquema consistia na criação de um site falso que imitava a página oficial do festival. O caso teria resultado em prejuízo de R$ 450 mil para o festival. Somente uma das vítimas teria pago mais de R$ 20 mil em entradas. Ela chegou a ser considerada foragida. 
Na época, o ex-jogador Leo Moura veio a público se posicionar contra as atitudes da irmã, que usava do parentesco para aplicar os golpes.