Segundo a Polícia Civil, 17 pessoas registraram queixa contra Lívia Moura na 19ª DP (Tijuca)Reprodução / Google
Dezessete pessoas registram queixa contra Lívia Moura por venda de ingressos falsos para Sapucaí
Irmã do ex-jogador Léo Moura foi presa acusada de estelionato; denúncias apontam que a mulher cobrava R$ 5 mil no par de entradas
Rio - A 19ª DP (Tijuca) recebeu 17 queixas contra Lívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura, relacionadas a venda de ingressos falsos para camarotes da Marquês de Sapucaí. Segundo a Polícia Civil, esses registros motivaram a investigação, que resultou na prisão da mulher, acusada de estelionato, nesta terça-feira (13).
As denúncias apontam que Lívia cobrava R$ 5 mil no par de ingressos. Os compradores eram informados pela acusada de que seus nomes seriam colocados em uma lista, mas, ao chegarem no local, as vítimas descobriam o golpe.
Em razão dos 17 registros, a Polícia Civil enviou o pedido de prisão à Justiça, que expediu o mandado. Lívia Moura foi presa em sua casa, na Estrada Três Rios, em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Segundo os investigadores, a ação fez parte da "Operação Carnaval Seguro", que já prendeu outras nove pessoas por uso de documentos falsos.
No último sábado (10), uma gráfica em Botafogo, na Zona Sul, foi fechada após policiais encontrarem uma série de credenciais falsificadas para os desfiles na Sapucaí. O dono e dois funcionários do estabelecimento foram presos. No mesmo dia, outras quatro pessoas foram presas em um hotel de Copacabana, também na Zona Sul, ao tentarem usar procurações falsas para retirar entradas de camarotes.
A reportagem procurou a defesa de Lívia Moura, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Prisão domiciliar
Desde dezembro de 2022, a irmã do ex-jogador Léo Moura cumpria prisão domiciliar solicitada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) no inquérito que apura outro crime de estelionato e organização criminosa. Lívia Moura foi acusada pelo envolvimento em esquema de venda de ingressos falsos para a edição daquele ano do Rock In Rio.
À época, a Justiça determinou que a mulher deveria usar tornozeleira eletrônica, mas a acusada não colocou o equipamento e também não justificou a ausência. Pelo não cumprimento da medida cautelar, o MPRJ voltou a requerer a conversão da prisão domiciliar em preventiva.
O esquema consistia na criação de um site falso que imitava a página oficial do festival. O caso teria resultado em um prejuízo de R$ 450 mil para o Rock In Rio. Uma das vítimas teria pago mais de R$ 20 mil em entradas. Lívia chegou a ser considerada foragida.
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