Rio - O Carnaval injetou R$ 5 bilhões na economia da cidade do Rio no mês de fevereiro. O público estimado foi de 8 milhões de pessoas que aproveitaram a festa na capital, um aumento de 3 milhões de foliões em comparação ao ano passado, quando houve 5 milhões de pessoas. Os dados foram apresentados na manhã desta quarta-feira (21) em coletiva na sede da Riotur, na Cidade Nova, Região Central do Rio.
"O Carnaval é o principal produto do Rio e a gente se apropria dele para vender a cidade. O evento movimenta hotéis, bares, lojas e transporte", ressaltou o presidente da Riotur. Ronnie Costa afirmou que o Carnaval deste ano bateu diversos recordes: "Batemos recordes de público, com 8 milhões de pessoas, arrecadação de impostos sobre serviços e infraestrutura. Aumentamos a quantidade de bailes populares. Esse é o grande desafio: como a gente cresce esse evento. A tendência é essa. Sempre aumentar", comentou.
O aumento de público foi atribuído à influência política da Prefeitura do Rio no Aeroporto do Galeão. "A influência política, a ação do prefeito no aeroporto internacional, ajudou muito a atrair mais pessoas. A gente tem novos voos, que não tinha antes", avaliou Ronnie Costa.
Apenas nos blocos de rua, a folia reuniu 6 milhões de pessoas. O cálculo foi feito pela Polícia Militar e pelas câmeras da prefeitura. Foram 399 desfiles nas ruas. "Nossa geografia ajuda muito a atrair os visitantes", pontuou o presidente da Riotur. Os blocos foram distribuídos da seguinte maneira: foram 88 na Zona Sul; 50 na Zona Norte; 23 na Zona Oeste; 113 no Centro; 53 na Grande Tijuca; 26 na Grande Bangu; 9 em Jacarepaguá; 11 na Barra, Recreio e Vargens e 26 nas Ilhas. O domingo de Carnaval, dia 11 de fevereiro, foi o dia que reuniu mais blocos. Foram 62 desfiles pela cidade naquele dia.
Dois milhões de pessoas passaram pelo Carnaval da Sapucaí, Terreirão do Samba, Intendente Magalhães, bailes populares, da Cinelândia e da Avenida Chile. Os bailes populares foram distribuídos em 60 palcos produzidos pela Riotur e embalaram 720 mil pessoas nos quatro dias de Carnaval. "Eles se concentraram principalmente nas Zonas Oeste e Norte. A intenção foi espalhar mais a festa e fazer com que os foliões se deslocassem menos", explicou Ronnie. Já os bailes da Cinelândia e desfiles na Avenida Chile reuniram 40 mil pessoas nos quatro dias de Carnaval.
Pela Marquês de Sapucaí, passaram 120 mil pessoas em cada um dos seis dias de desfiles da Série Ouro, do Grupo Especial e das Escolas Mirins. O Terreirão do Samba promoveu 41 atrações em dez dias de programação, com shows do Belo, de Diogo Nogueira e do grupo Sorriso Maroto. Já na Intendente Magalhães, circularam 250 mil pessoas nos seis dias de desfiles do Grupo de Avaliação, Série Bronze, Série Prata e Blocos de Enredo.
Ainda segundo a Riotur, mais de 50 mil empregos diretos foram gerados. Apenas para os blocos de rua, houve o credenciamento de 13691 vendedores ambulantes. Já a arrecadação de impostos sobre serviço (ISS) chegou a R$ 500 milhões. Foram R$ 40 milhões somente com setores do turismo e eventos.
Durante a festa, a Secretaria Municipal de Saúde realizou 2609 atendimentos, com 149 remoções.
Limpeza urbana
A Comlurb removeu 1.405 toneladas de resíduos desde o pré-Carnaval até o último domingo. Em 2023, foram 1.236,5 toneladas no mesmo período. Os blocos de rua geraram 738 toneladas de lixo, sendo 53,8 toneladas no último fim de semana, com destaque para o Bloco da Anitta, que teve 10,5 toneladas recolhidas, e o Monobloco, com 5,2 toneladas. Os seis dias de desfiles no Sambódromo geraram 454,7 toneladas, sendo 62,5 toneladas com potencial reciclável.
Seop e Guarda Municipal
A operação especial do Carnaval resultou em 2.454 multas de trânsito, sendo 413 neste último final de semana. Houve 243 remoções de veículos no período. As fiscalizações de táxis e veículos de aplicativos realizadas pela Seop resultaram na aplicação de 176 multas a táxis.
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