Programa Folia Verde contemplou 248 catadores durante o CarnavalWagner Silva / Prefeitura
Pela primeira vez, catadores de materiais recicláveis são remunerados pelo trabalho no Carnaval
Programa Folia Verde contemplou 248 pessoas e recolheu cerca de 14 toneladas de resíduos
Rio - Pela primeira vez na história, catadores de materiais recicláveis foram remunerados pelo trabalho realizado durante o Carnaval. Por meio do programa 'Folia Verde', que busca estimular a adoção voluntária de ações de sustentabilidade, cerca de 14 toneladas de resíduos foram recolhidos nos dias de desfiles das escolas de samba na Sapucaí, Intendente Magalhães e nos blocos de rua da cidade.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC), idealizadora da ação, um total de 248 catadores foram contemplados com o programa. Eles receberam diárias de R$ 150, acrescido dos ganhos proporcionais à coleta dos materiais recicláveis, além de refeição, lanche, passagens de transporte e água liberada nos dias trabalhados.
"Essa conquista da prestação de serviço já e uma luta nossa de anos. Sempre pedimos para as prefeituras contratarem as cooperativas para agregar a renda, porque só o material da coleta seletiva não é suficiente pra gente pagar as contas e sobreviver. Nós acabamos prestando serviço para o município sem ser remunerado por isso", comemorou Simone Roque do Nascimento, 43 anos, catadora de Jardim Gramacho, na Baixada Fluminense, que é filha e neta de catadores.
As ações foram realizadas em datas específicas. No Sambódromo, as atividades foram aconteceram em todos os dias de desfiles das escolas de samba da Série Ouro e do Grupo Especial e na noite do desfile das campeãs.
Já na Intendente Magalhães, as ações ocorreram durante os dias 11, 12 e 13 de fevereiro, durante as apresentações do Grupo de avaliação e na 1ª noite da Série Prata e Bronze. Nos bloco de rua, os catadores do programa trabalharam de 09 a 13 de fevereiro, em 18 dos 35 blocos planejados.
"Os resíduos sólidos precisam ser descartados de forma correta para que o agente ambiental possa tratá-los da melhor forma, levando para os polos de reciclagem e beneficiamento. O que para muitos é considerado lixo, para os catadores é fonte de renda", comentou Tainá de Paula, secretária de Meio Ambiente e Clima.
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