Rio - Um vídeo gravado por uma vizinha mostrou uma das agressões sofridas por Kethelyn Botelho, dentro de um apartamento de um condomínio de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, no dia 19 de janeiro. A gravação foi analisada pela 35ª DP (Campo Grande), que pediu a prisão temporária do suspeito, que era namorado da vítima.
As imagens foram divulgadas por Kethelyn, nesta terça-feira (27), no stories do seu Instagram. No vídeo, a vítima recebe quatro tapas vindos do próprio namorado. Segundo a jovem, tudo aconteceu após ela chegar na casa e ver o homem com outra mulher.
Mulher é agredida por namorado com tapas em Campo Grande
Em uma série de postagens, a mulher revelou diversos machucados, como cortes na testa, olhos roxos, manchas pelo corpo e fermentos no crânio. Kethelyn contou que o relacionamento com o suspeito era abusivo e marcado por agressões. A mais recente, do dia 19 de janeiro, foi a que a levou até à 35ª DP para registrar o caso.
"São várias acusações de outras mulheres e minha, infelizmente. Chega de ter pena. Chega de ser manipulada. Chega de pensar nele e me permitir passar por tudo que passei. Chega de ouvir só mentiras, enganações e depois descobrir tudo e perdoar. Nunca vou perdoar. Nunca!", escreveu.
Uma outra gravação ainda mostrou a mulher sendo agredida na portaria do condomínio. O suspeito, identificado como Gabriel Pereira, ainda se envolveu em uma briga com vigias do local após a vítima ir até a delegacia.
Segundo a Polícia Civil, os envolvidos já prestaram depoimento na 35ª DP. A delegacia solicitou medidas protetivas de urgência para a vítima. Após a apresentação e análise das imagens da agressão, foi pedido a prisão temporária de Gabriel. A investigação segue em andamento.
Número de feminicídios
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que houve um aumento de 33% em casos de feminicídio registrados em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023 no estado do Rio. Em relação às tentativas de feminicídio, os números cresceram 20%.
De acordo com levantamento do Instituto, apenas no primeiro mês deste ano houve registro de 12 mulheres assassinadas e de 35 vítimas de tentativas de feminicídio. Em janeiro do ano passado, foram nove mortes e 29 tentativas.
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