Caso é investigado pela 53ª DP (Mesquita)Divulgação

Rio - O adolescente de 16 anos que foi baleado na cabeça por um amigo - também adolescente - com a arma do pai policial militar, em Mesquita, na Baixada Fluminense, morreu na segunda-feira (26). O jovem ficou mais de um mês internado e seu estado era considerado gravíssimo.
O caso aconteceu no dia 19 de janeiro dentro do condomínio Beija-Flor 5, no bairro Cosmorama. O amigo teria pego a arma do pai para mostrar para a vítima, quando houve um disparo acidental. O tiro acertou a cabeça da vítima, lhe causando diversas fraturas no crânio e na face.
Em uma rede social, Elisabete Bispo, tia do menino, lamentou a perda do sobrinho. "Hoje, Juscelino [bairro de Mesquita] está em luto pela perda do meu menino. Ele era um menino cheio de vida. Um menino lindo, educado, sempre amoroso. Hoje, seus pais estão chorando. Uma dor que nunca vai passar, mas meu anjinho foi acolhido por Deus. Descansa em paz, meu amado sobrinho. Tia vai te amar até meu último suspiro", diz o comentário.
O sepultamento do adolescente está marcado para às 11h desta quarta-feira (28) no Cemitério Parque Jardim de Mesquita. O velório será realizado na Capela I. 
Relembre o caso
Agentes do Segurança Presente de Mesquita foram chamados para a ocorrência assim como policiais do 20º BPM (Mesquita). A princípio, a ocorrência era de lesão corporal, mas as equipes encontraram o menino com uma marca de tiro.
O adolescente foi socorrido e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Edson Passos, em Mesquita. De lá, ele foi transferido para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, o menino deu entrada no HMAPN às 20h59, com uma perfuração de arma de fogo no crânio e diversas fraturas craniana e na face. O adolescente foi encaminhado diretamente para o centro cirúrgico e o procedimento não teve intercorrências.
O quadro de saúde do paciente seguia sendo considerado gravíssimo e ele ficou entubado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade, aos cuidados da equipe multidisciplinar, até ser transferido, a pedido da família, para o Hospital Pasteur, no bairro Todos os Santos, na Zona Norte do Rio, no dia 26 de janeiro. O menino ficou internado por um mês até falecer.
A arma e as munições do PM, pai do menino que atirou, foram apreendidas. Os dois também foram levados para a UPA de Mesquita em estado de choque, mas foram liberados no mesmo dia.
O caso foi registrado na 53ª DP (Mesquita). Questionada, a Polícia Civil ainda não informou sobre como está a investigação.