Rodrigo Marinho Crespo é sepultado no Cemitério São João BatistaPedro Ivo / Agência O Dia

Rio - O advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, executado a tiros no Centro do Rio, foi enterrado no início da tarde desta quarta-feira (28), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. A despedida foi marcada pelo silêncio e tristeza de familiares e amigos, que não quiseram comentar o caso.
Cerca de 100 pessoas estiveram na despedida. Durante o cortejo, a mãe, o pai e o irmão foram consolados e confortados por familiares e amigos. Colegas do escritório onde Rodrigo trabalhava também estiveram presentes.
Rodrigo foi executado na tarde de segunda-feira (26) em frente ao seu escritório na Avenida Marechal Câmara, a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil no estado (OAB-RJ). Ele desceu para lanchar com seu sobrinho no momento em que foi abordado por um criminoso encapuzado.
O assassino esperava pelo advogado em um carro branco estacionado próximo ao local de trabalho da vítima. Ele desceu do veículo e chamou pelo nome de Rodrigo. Em seguida, deu ao menos dez tiros no jurista e fugiu no mesmo carro.
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O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), tratado como exclusividade pelo delegado Alexandre Herdy, titular da especializada. Nesta terça-feira, o secretário estadual de Polícia Civil disse ter certeza de que os autores do crime serão encontrados.
"O executor já praticou esse tipo de crime e sabia o que estava fazendo. Pelas imagens, dá para ver isso, mas ainda é cedo para dar qualquer tipo de detalhe. Temos certeza que vamos chegar no autor, isso é certo", garantiu Marcus Vinicius Amin.
Quem era a vítima?
Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) desde novembro de 2011, Rodrigo Crespo fazia parte da Comissão de Direito Processual Civil. Também era sócio fundador do Marinho & Lima Advogados, tinha experiência em Direito Civil Empresarial com ênfase em Contratos e Direito Processual Civil. Ele se formou em 2005 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tinha pós-graduação em Direito Civil Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Conforme consta no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Rodrigo estava à frente das defesas de processos por posse, aquisição de bens materiais, indenização por bens materiais e confissão de dívidas. O advogado também atuou contra Glaidson Acácio dos Santos, o 'Faraó dos Bitcoins', em um processo que correu entre 2022 e 2023 na 3ª Vara Cível da Barra da Tijuca, Zona Oeste. O inquérito foi arquivado porque o homem que processou Glaidson deixou de se manifestar à Justiça após não conseguir a gratuidade no processo.