Peterson Luiz Almeida, conhecido como Pet, foi preso nesta quinta-feira (29), por policiais penais da SeapDivulgação/Seap

Rio - Peterson Luiz de Almeida, vulgo 'Pet', ou 'Flamengo', um dos líderes da milícia do grupo de Zinho, foi preso na tarde desta quinta-feira (29) por policiais da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). O miliciano era considerado foragido desde outubro do ano passado, quando houve um erro de comunicação entre a Seap e o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), resultando na sua saída pela porta da frente do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Peterson Luiz Almeida, conhecido como Pet, foi preso nesta quinta-feira (29), por policiais penais da Seap - Divulgação/Seap
Peterson Luiz Almeida, conhecido como Pet, foi preso nesta quinta-feira (29), por policiais penais da SeapDivulgação/Seap
À época, Pet estava preso temporariamente e a soltura dele aconteceu de forma indevida, já que dias antes a prisão temporária havia sido convertida em preventiva. De acordo com informações obtidas pelo DIA, a notificação da conversão da prisão não chegou ao e-mail correto da Seap, que o colocou em liberdade no dia 29 de outubro, ao fim do prazo do cumprimento de prisão temporária. 
Desde então, Peterson vinha sendo monitorado pela Subsecretaria de Inteligência da Seap (Ssispen) e pela 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área de Bangu e Campo Grande do Núcleo Rio de Janeiro (MPRJ).

Considerado uma das principais lideranças da milícia comandada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, Pet tem atuação nos bairros de Sepetiba e Nova Sepetiba, tendo sido denunciado pelos crimes de milícia privada e porte e/ou posse ilegal de arma de fogo e estaria diretamente envolvido nas recentes disputas armadas por territórios entre os grupos atuantes na Zona Oeste do Rio, a exemplo de Sérgio Rodrigues da Costa Silva, o Sérgio Bomba, que foi executado em um quiosque no Recreio dos Bandeirantes em janeiro de 2024.

Investigação apontou atuação na milícia

A participação de Peterson na milícia foi revelada a partir da continuidade das investigações sobre o grupo criminoso de Zinho, cujos líderes foram alvos da Operação Dinastia, deflagrada em agosto de 2022 pela Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Na investigação, o Gaeco apurou que Peterson negociava armas para o miliciano Zinho e aparecia em ligações com o também miliciano Latrell – homem de confiança de Zinho, que está preso unidade prisional federal.