João Vinicius Ferreira Simões morreu na noite de sábado (9) após sofrer uma descarga elétricaReprodução/Redes sociais
"Ontem (domingo) à tarde, no IML, o médico legista disse que meu filho estava com uma marca nas costas ocasionada por um condutor elétrico", explicou.
Segundo ela, o médico disse ainda que o tênis, documentos e celular do rapaz foram encontrados secos. Ou seja, mesmo com as fortes chuvas, o rapaz não estaria molhado quando recebeu o choque.
De acordo com testemunhas, o acidente ocorreu por volta das 22h, quando uma tempestade atingiu a região e o público tentava se abrigar nos poucos espaços cobertos, como próximos a food trucks.
Na ocasião, João Vinícius chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Mas, segundo a unidade de saúde, o paciente chegou sofrendo parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Apesar do temporal, relatos afirmam que várias pessoas receberam choques elétricos antes das chuvas.
"Minutos antes de começar a chuva, eu fui comprar um lanche no food truck da pista premium, próximo a pipoca e batata de carrocinha. Eu encostei na mesinha presa no carrinho e levei um choque bem forte. Levei um susto e quase caí pra trás", disse uma testemunha.
"Me abriguei atrás de um carrinho de food truck, que vendia pizza, fiquei lá por um tempo. Quando melhorei e fui sair de lá, encostei sem querer, ao mesmo tempo, na placa de metal que fechava o evento e na parede do food truck, levando um forte choque no braço. Achei que havia sido algo aleatório, sentei um pouco pra me recuperar do susto e saí buscando outro lugar pra poder ficar", contou outra.
No dia seguinte ao acidente, a família esteve no local do evento e registrou fios expostos no chão. A mãe do jovem alega ainda que não houve perícia.
"Todas essas fotos tiramos porque a polícia empurrou o portão do evento pra gente entrar. E não tinha mais ninguém do evento lá. Estava tudo sendo desmontado! E ninguém entrou em contato comigo até agora, como eles estão falando que estão dando assistência", disse a mãe da vítima.
O caso é investigado pela 32ª DP (Taquara). A Polícia Civil explicou que, apesar do local não ter sido preservado até a chegada da polícia, a perícia será realizada e eventual prejuízo para as investigações será objeto de responsabilização na forma da lei. Os organizadores do evento e outras testemunhas serão chamados para prestar depoimento.
O sepultamento de João está marcado para às 15h desta segunda-feira (11) no Cemitério Municipal de Maricá. O velório começa às 9h.
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