Altamiro Lopes dos Santos Neto, de 21 anos, é suspeito de matar a namorada Patrícia Mitie Koike, de 22 anosfotos de reprodução

O Tribunal de Júri de Nova Iguaçu condenou o estudante de medicina Altamiro Lopes dos Santos Neto a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão pelo feminicídio cometido contra a namorada, Patricia Mitie Koike, em 10 de abril de 2018, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado. A sentença foi divulgada na segunda-feira (11).
Altamiro foi preso em flagrante enquanto dirigia embriagado com Patrícia já morta no banco do carona. À época, em depoimento à polícia, ele admitiu que espancou a namorada por não aceitar a mudança da jovem para o Japão, onde moravam seus pais, e disse que estava tentando levá-la ao hospital. A defesa argumentou que Patrícia foi vítima de lesão corporal seguida de morte, mas a tese foi negada pelos jurados.
No Hospital Geral de Nova Iguaçu, para onde ela foi levada, foi constatado que a jovem já estava morta há muito tempo. A equipe médica avaliou que ela havia morrido há mais de 24 horas. De acordo com investigadores, a mãe do Altamiro conversou com a Patrícia horas antes e percebeu que a nora estava nervosa e confusa. Conforme a Polícia Civil, a jovem pode ter sido dopada e, pelo estado de seus ferimentos, pode ter ficado em cárcere privado por uma semana.
De acordo com a denúncia apresentada pelo MPRJ, Altamiro matou a namorada, que era proveniente de Sorocaba/SP e veio morar com ele em Nova Iguaçu, devido a uma discussão conjugal. Na ocasião, o denunciado sufocou Patrícia obstruindo seus orifícios respiratórios e causando a sua morte.
"O crime foi cometido contra mulher, por razões da condição do sexo feminino, configurando violência doméstica e familiar, e praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi violentamente agredida por Altamiro", diz a denúncia.
Na sentença, o juiz Adriano Celestino Santos, titular da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, escreveu que o acusado tentou simular uma tentativa de socorro. Ele pontua que a vítima já entrou na unidade hospitalar morta e foi constatado pela perícia que ela foi asfixiada. Por fim, reconheceu o homicídio triplamente qualificado.