A Casa da Tia Ciata fica na Rua Camerino, no Centro do RioReprodução
Casa da Tia Ciata é invadida e tem equipamentos furtados
Criminosos teriam entrado no espaço cultural após arrombar saída de ventilação do ar-condicionado. Quantia em dinheiro, fruto de doações, foi levada
Rio - O espaço cultural Casa da Tia Ciata, na Gamboa, Zona Portuária, foi invadido, na madrugada desta quinta-feira (21). Segundo Gracy Mary Moreira, bisneta de Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata, funcionários encontraram o local pela manhã completamente revirado e sem uma série de equipamentos, além de uma quantia em dinheiro que era guardada no caixa do espaço. A Polícia Civil investiga o caso.
"Pelo que vimos, entraram por um espaço bem pequeno de ventilação. Como o projeto aqui é antigo, o condensador do ar-condicionado fica dentro, então essa abertura era por onde era feita a troca do ar. Não sei como conseguiram, mas passaram por esse buraco", disse Gracy, que registrou o caso na 4ª DP (Praça da República).
A responsável pelo espaço conta que os criminosos levaram boa parte dos equipamentos que eram usados para a realização de eventos, como projetores de LED, amplificadores, dezenas de metros de cabos, iluminação entre outros itens.
Nesta sexta-feira (22), ainda à espera pela perícia, o espaço cultural teve de ficar fechado. "Um grupo com 17 turistas esteve por aqui querendo visitar, mas infelizmente não conseguimos recebê-los", lamentou Gracy.
"Estamos aqui há oito anos e em todo esse tempo nunca tinha acontecido nada parecido. Ainda não temos nem noção do prejuízo, mas não vamos desistir. Nossa ideia é voltar a receber turistas e realizar eventos o quanto antes", garantiu.
Segundo ela, o caixa levado na invasão era de cerca de R$ 700, que inclui doações recebidas nas últimas semanas para pagar contas do espaço. O caso também foi compartilhado nas redes sociais.
"A nossa região da Pequena África tem sofrido com violências variadas, que vão de furtos e assaltos a invasões. Precisamos que o poder público olhe para esse território de potência com o cuidado necessário, trabalhando sempre em conjunto para pensar ações que interrompam o ciclo de violências na cidade na sua raiz", diz a publicação.
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