Memorial inaugurado com parte do acervo histórico da Associação Atlética Vila IsabelYolanda Braconnot / Divulgação
A inauguração do memorial, na última terça-feira (27), também contou com a réplica da famosa estátua do compositor Noel Rosa, encomendada a pedido do comerciante Jorge Artur Mendes, que já foi vice-presidente do clube e atualmente preside a VIA.
"Aquele era um espaço de extrema importância para o morador. A homenagem serve para deixar vivo o legado esportivo, cultural e social do clube", declarou Jorge.
Ascensão e queda
Fundado em 1950, no Boulevard 28 de setembro, o "Vilinha", como era carinhosamente chamado pelos moradores, foi palco de shows de grandes nomes da música brasileira, como Emílio Santiago, Luiz Gonzaga, Dicró, Agnaldo Timóteo, Nelson Gonçalves, Martinho da Vila, Arlindo Cruz e muitos outros. Além de ser tricampeão carioca de futsal, sediou concursos de beleza, inclusive de Miss, campeonatos de vôlei, halterofilismo, bailes de carnaval e inúmeros "jantares dançantes". O local, tinha, ainda, uma piscina bastante disputada pelos sócios.
Yolanda Braconnot assumiu a gestão da entidade em 2008, quando as dívidas acumuladas, segundo ela, já eram "impagáveis". "Saí por problemas de saúde, mas voltei em 2011 e fiquei até o encerramento das atividades. Senti que ainda tinha um dever a ser cumprido com o clube", relembrou.
O terreno foi leiloado no mesmo ano em que Yolanda tornou-se presidente, porém, o novo dono só tomou posse 12 anos depois. "Nesse meio tempo, conseguimos manter o clube aos trancos e barrancos. Além das dívidas, muitos fatores foram contribuindo para a decadência: tiveram casos de invasões, fomos proibidos de realizar shows por conta do som alto, o número de sócios pagantes diminuiu a cada ano que passava, chegando a ficar em 60, e, por fim, a pandemia tornou inviável qualquer tipo de atividade."
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