Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram presos em operação da PF e MPRJ por suspeita de serem mandantes do assassinato de MarielleReprodução

Rio - Kaio Brazão, de 22 anos, filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE), Domingos Brazão, e sobrinho do deputado federal Chiquinho Brazão, realizou uma postagem em uma rede social, neste domingo (31), para defender os familiares, suspeitos de mandarem matar a vereadora Marielle Franco, que estão presos há uma semana.
Segundo o jovem, a Justiça requer evidências e não especulações. Kaio ainda destacou que há ausência de provas para manter o pai e o tio presos e que isso só aconteceu devido a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, definido pelo assessor parlamentar como um criminoso confesso.
"Justiça requer evidências, não especulações. Saiba a verdade. Na busca pela veracidade dos fatos, é fundamental distinguir entre presunções e evidências concretas. A ausência de provas e a dependência exclusiva de uma delação de um criminoso confesso, não são suficientes, se faz necessária uma validação jurídica e coerência nos fatos. Família Brazão segue firme comprometida sempre com a verdade e justiça social", comentou.
Domingos e Chiquinho Brazão estão presos desde o último domingo (24). Eles foram apontados na delação de Lessa como os mandantes da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, assassinados a tiros em março de 2018. Devido a acusação, a Polícia Federal As detenções têm caráter preventivo, ou seja, não têm data para terminar.
Na quarta-feira (27), os irmãos foram transferidos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para unidades federais diferentes. Domingos foi para um presídio de Porto Velho, em Rondônia, e Chiquinho para o de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 
Após audiência de custódia que manteve a prisão preventiva dos suspeitos, a defesa dos irmãos Chiquinho e Domingos negou a participação dos dois no crime. Segundo o advogado Ubiratan Guedes, nenhum deles conhecia a parlamentar.
"Certeza absoluta que improcede essa imputação. Ele não conhecia a Marielle, não tinha nenhuma ligação com Marielle. Agora, cabe à defesa provar que ele é inocente. Estamos surpresos. Nunca, nunca, nunca teve nenhuma ligação com Marielle. (...) Não tenho tido contato com a os boatos, né? Os boatos que estavam ocorrendo. Hoje vou ter contato agora com ele, para saber o que que é. Saber o que está acontecendo. Não sabemos da imputação que é feita", declarou o advogado.
Quem também foi preso no mesmo dia que os irmãos foi o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, por suspeita de tentar obstruir as investigações do assassinato da vereadora e Anderson. Antes disso, ele era coordenador da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que investigou o crime. Rivaldo segue preso em Brasília.