Segundo a Cedae, o componente químico não chegou à casa da população que recebe o abastecimento de água do Sistema Imunana-Laranjal Divulgação

Rio - As prefeituras de Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, suspenderam as aulas nesta sexta-feira (5) devido à falta d´água. O fornecimento na região está suspenso há dois dias devido a uma contaminação no Sistema Imunana Laranjal.

Segundo a Prefeitura de Niterói, foram suspensas as aulas em 13 escolas da rede municipal que foram mais afetadas, apesar disso, algumas ainda funcionam em meio período.

No município de São Gonçalo, as aulas só serão retomadas quando o abastecimento estiver normalizado. Os demais serviços da prefeitura seguem normalmente.

Já em Maricá, cidade vizinha que também foi afetada, as aulas seguem normalmente, assim como os demais serviços. Além disso, a prefeitura informou que a Companhia de Saneamento da cidade não registrou solicitações de apoio para suprir atividades essenciais com pipas d'água.
A paralisação do fornecimento começou na madrugada de quarta-feira (3), após a confirmação da presença da substância tóxica tolueno na área de captação. Nesta quinta-feira (4) o governo do estado reuniu uma força-tarefa para explicar o caso.
A substância é um hidrocarboneto aromático, inflamável, volátil, incolor e de odor característico altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. O composto é normalmente resultado da produção de gasolina e matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas.
Na manhã desta sexta (5), a Águas do Rio iniciou uma operação para abastecer unidades de saúde da Região Metropolitana do Rio. No momento, 10 caminhões-pipa já atravessaram a Ponte Rio-Niterói. A previsão é que, ao todo, 32 caminhões sejam distribuídos para hospitais, clínicas e prontos socorros das cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá. 
De acordo com a Cedae, um novo exame laboratorial realizado nesta sexta (5) vai determinar o retorno da operação do sistema. O nível permitido para este produto é de 30 microgramas por litro. Os exames estão sendo realizados no laboratório Libra, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu, que conta com equipamentos japoneses ultramodernos e é capaz de realizar em 30 minutos análises físico-químicas e microbiológicas, podendo identificar cianotoxinas, carbono orgânico volátil, mib e geosmina; além de alguns pesticidas.
Até as 10h, as concentrações ainda estavam acima do permitido, mas o monitoramento segue de forma contínua, com coleta e análise de hora em hora.
Até o momento, não há previsão de retorno do fornecimento de água. Segundo a Águas do Rio, mesmo após a Cedae retomar o fornecimento de água tratada, a distribuição à população atingida será restabelecida gradativamente em 72 horas.