Unicirco está nas dependências da Quinta da Boa Vista desde 2010 Reprodução

Rio - O Ministério Público Federal (MPF) determinou que o Instituto Unicirco, do ator Marcos Frota, deixe a Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte. A ação foi protocolada pelo procurador Jaime Mitropoulos.
O Instituto Unicirco, que é dedicado ao ensino de artes circenses a jovens carentes e apresentações de espetáculos, tinha autorização para funcionar na Quinta da Boa Vista até 2020. Ao final do prazo, a permanência se tornou irregular.
O ator Marcos Frota, fundador do Unicirco, disse que está aguardando as devidas orientações para a resolução do problema. "Estou aguardando orientações. Estou em paz, o projeto é lindo", disse Marcos Frota.
No texto, o procurador afirma que a Quinta da Boa Vista é tombada pelo Iphan e que só poderia receber atrações temporárias. No caso do Unicirco, que ocupa o local desde 2010, poderia ficar somente até 2020.
Neste tempo, o instituto recebeu diversos patrocínios, como da Petrobras e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que permanecem até hoje.
De acordo com o Iphan, a área ocupada pelo circo é destinada a eventos e a presença do Unicirco foi aprovada como um evento transitório. Portanto, em algum momento, a liberação do local deverá ser realizada.
"Cabe salientar que no dia 21 de março de 2024, o Instituto encaminhou um ofício convidando para uma reunião os representantes do Unicirco Marcos Frota, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Fundação Parques e Jardins (FPJ), Petrobras e Governo do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de discutir e avançar na apresentação de propostas viáveis e estabelecimento de prazos concretos para a remoção definitiva do Unicirco da área da Quinta da Boa Vista. Até o momento, não houve avanço no agendamento desse encontro", destacou por meio de nota.
Já o Ministério Público Federal informou que está "apurando e cobrando do Iphan uma solução adequada para o caso, tendo em vista a complexidade e a natureza da questão, no sentido de verificar a possibilidade de compatibilizar a atividade com a proteção do bem tombado nacional".
O Governo do Estado do Rio foi procurado, informou que não tem um posicionamento sobre o caso e confirmou que ainda é patrocinador do Instituto.