Venezuelana vítima de exploração sexual dormia em cubículo na boate Dama da NoiteDivulgação / MPRJ
Justiça converte em preventiva prisão de dono de boate que manteve venezuelana em cárcere privado
Mulher, que conseguiu fugir da boate Dama da Noite, em São Gonçalo, sofreu exploração sexual
Rio - A 3ª Vara Criminal de São Gonçalo converteu em preventiva a prisão do dono da boate Dama da Noite, no mesmo município, na Região Metropolitana. O homem foi preso na sexta-feira passada (5) por supostamente manter uma mulher venezuelana em cárcere privado e trabalho análogo à escravidão.
A vítima, que conseguiu fugir do cubículo onde dormia, foi identificada pelo Núcleo de Apoio à Vítima (NAV/MPRJ), que acionou as autoridades. Diante disso, a promotora de Justiça Paula Basílio obteve uma medida cautelar junto ao plantão noturno do Judiciário.
Em depoimento prestado à 72ª DP (São Gonçalo), a venezuelana relatou ter sido atraída ao Rio de Janeiro com promessas de emprego, mas acabou sendo forçada a trabalhar em uma casa de prostituição. A denunciante foi impedida de sair, teve seus documentos retidas e sofreu agressões físicas.
O delegado Tiago Dorigo foi ao local indicado pela vítima e constatou a prática de crimes, prendendo em flagrante o responsável pela boate/casa de prostituição no inicio da noite de sexta-feira.
A promotora de Justiça do plantão noturno, Amanda Teitel, articulou com a Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de de Violência Doméstica (Cejuvida) para encaminhar a venezuelana a um abrigo sigiloso.
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