Crianças, que têm de 7 a 12 anos, fugiram da Escola Municipal Soares Pereira, na TijucaReprodução / Google Street View
Seis crianças acolhidas em abrigo fogem de escola na Tijuca
Grupo saiu da unidade e ficou na rua, onde foi abordado por uma idosa que os levou para seus familiares
Rio - Seis crianças fugiram da Escola Municipal Soares Pereira, na Tijuca, Zona Norte, na manhã da última quinta-feira (11). O grupo estava acolhido no Abrigo Lucinha Araújo, da prefeitura, que fica a aproximadamente 20 minutos da unidade. Eles têm entre 7 e 12 anos e vivem no local por decisão da Justiça, que analisa a situação de vulnerabilidade familiar de cada um. Naquele mesmo dia, cinco crianças foram encontradas. Na sexta-feira (12), a última foi localizada.
Segundo as investigações da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), os alunos saíram da escola e ficaram na rua, onde foram abordados por uma idosa. O grupo não contou que havia fugido da unidade e nem que vivia em um abrigo na região. Com o intuito de ajudar, a mulher levou as crianças para os parentes, que moram na Rocinha, Zona Sul.
Um menino e uma menina, K.F.S. e B.B., foram entregues às tias, que entraram em contato com o abrigo e levaram os pequenos de volta no mesmo dia. Já J.J.S. retornou ao local onde vivia no dia seguinte. Os outros três, M.W.B.F., A.K.F.M.L. e M.W.B.F.S, são irmãos por parte de mãe e foram entregues à ela. No entanto, ainda não retornaram ao abrigo. Segundo a polícia, a volta depende de uma nova decisão judicial.
De acordo com a corporação, o caso será encaminhado à 19ª DP (Tijuca) porque as crianças já foram localizadas. A polícia informou, ainda, que as investigações estão em andamento para esclarecer os fatos.
Procurada, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) informou que, juntamente com o Conselho Tutelar, já recorreu à Justiça para que as crianças retornem ao abrigo e aguarda a decisão judicial. Além disso, disse que está colaborando com a polícia para que as circunstâncias dos fatos sejam elucidadas.
Questionada pelo DIA sobre como as crianças deixaram a escola, a Secretaria Municipal de Educação (SME) não respondeu. O espaço está aberto para manifestações.
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