Existem diferentes níveis de insegurança alimentarDivulgação

Rio - Cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar moderada ou grave no Estado do Rio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Ao todo, os moradores estão divididos em 468 mil domicílios.
De acordo com o levantamento correspondente até o último trimestre de 2023, são 697 mil pessoas com insegurança alimentar moderada e 500 mil com a grave, somando 1.197 milhão de indivíduos. Já sobre a insegurança leve, há 3,2 milhões de pessoas enfrentando o problema.
Quando o número se trata de residências, a pesquisa apontou que há 209 mil domicílios que enfrentam a insegurança alimentar grave, 259 mil a moderada e 1,1 milhão a leve.
Segundo o IBGE, os domicílio que estão em situação de insegurança alimentar são aqueles em que os seus moradores, nos últimos três meses, passaram por ao menos uma das seguintes situações: 
- Tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida; 
- Faltaram alimentos antes que tivessem dinheiro para comprar mais comida;
- Ficaram sem dinheiro para terem uma alimentação saudável e variada;
- E comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham por que o dinheiro acabou.
Entenda a classificação
A insegurança alimentar pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a restrição na qualidade e na quantidade dos alimentos consumidos pelas pessoas.
O grau de insegurança alimentar leve afeta 14,3 milhões de famílias (43,6 milhões de pessoas) no país todo e significa que há preocupação ou incerteza em relação aos alimentos no futuro, além de consumo de comida com qualidade inadequada de forma a não comprometer a quantidade de alimentos.
Já a insegurança alimentar moderada atinge 4,2 milhões de famílias (11,9 milhões de pessoas) no Brasil e demonstra redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos.

Por fim, a situação mais severa é a insegurança alimentar grave, que representa uma redução quantitativa de comida e ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. São 3,2 milhões de famílias, ou 8,7 milhões de pessoas, que se encontram nesse cenário no país.