Fabio Ortega era dono do haras Fortega, localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste do RioReprodução
Polícia prende suspeito de envolvimento em homicídio de empresário em Santa Cruz
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apuraram que Antônio Souza de Andrade estava em um veículo que monitorou Fábio Ortega no dia de seu assassinato
Rio - A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (30), Antônio Souza de Andrade, suspeito de envolvimento no homicídio do empresário Fábio Ortega, de 72 anos, ocorrido em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, no dia 18 de abril.
Segundo investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o homem estava em um veículo que monitorou a vítima no dia do crime. Os policiais analisaram imagens de câmeras de segurança de ruas de Itaguaí, na Baixada Fluminense, onde fica a academia que Ortega treinava diariamente, e verificaram que um carro com dois ocupantes acompanhou o veículo da vítima.
Os criminosos percorreram ruas do município e estacionaram na frente de uma loja. Logo depois, eles foram para dentro do estabelecimento. Posteriormente, ambos voltaram para o veículo e, provavelmente avisados, passaram a seguir o empresário.
Chegando na Avenida Padre Guilherme Decaminada, em Santa Cruz, os criminosos atiraram em direção ao carro de Ortega, que foi baleado e perdeu o controle do veículo, fazendo com que o automóvel capotasse e colidisse com um poste, causando sua morte. O empresário foi atingido por vários disparos.
Toda a dinâmica do crime foi registrada pelas câmeras ao longo do trajeto feito pela vítima e pelos autores. Antônio foi identificado como um dos envolvidos no homicídio e a Justiça expediu um mandado de prisão temporária contra ele.
Morte pode estar relacionada com apostas online
Agentes da DHC apuraram que Ortega estava iniciando atividades relacionadas a apostas online e planejava aportar dinheiro neste segmento. A investigação segue em andamento para esclarecer se o fato motivou o homicídio.
Fábio já foi investigado por envolvimento com o jogo de bicho em São Paulo. De acordo com um relatório divulgado em 1996, como contraventor, Ortega era conhecido como 'Travolta', e suspeito de atuar nas áreas do Brás e Bexiga, bairros da região central da capital paulista. Na mesma região paulista, Ortega era sócio-administrativo da Fater Construtora Ltda, empresa do ramo de construção de edifícios.
Atualmente, a vítima era dono de um Haras, um sítio de criação e treinamento de cavalos, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Nas redes sociais, Ortega se identificava como empreendedor, criador e expositor. Ele era membro da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador desde 1990. O haras que administrava também costuma realizar leilões com especialidade na raça brasileira.
O idoso foi enterrado no cemitério Quarta Parada, na cidade de São Paulo, no dia 20 de abril.
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