Rio - O Disque Denúncia divulgou nesta quinta-feira (9) um cartaz que pede informações sobre a foragida Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, de 37 anos, acusada de envolvimento no golpe contra Geneviére Boghici, de 84. De acordo com as investigações, a viúva do colecionador de artes Jean Boghici, que morreu em 2015, sofreu um prejuízo de R$ 725 milhões, entre roubos e extorsões.
Diana chegou a ser presa em abril de 2022, mas foi solta mediante medidas cautelares. Os acusados respondem por uma série de crimes, como estelionato, extorsão, roubo, sequestro, cárcere privado e associação criminosa. Além da foragida, a quadrilha era formada por Gabriel Nicolau Translavina Hafliger, Jacqueline Stanescos, Slavko Vuletic, Rosa Stanesco Nicolau e a filha da vítima, Sabine Boghici. Nesta quinta-feira (9), três envolvidos foram presos em ação da Polícia Civil.
A viúva de Jean Boghici, um dos mais importantes marchands de arte do Brasil, acusou a filha de mantê-la em cárcere privado, de janeiro de 2020 a abril de 2021. Ao procurar a Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) para denunciar o crime, a mãe de Sabine contou que a filha e um grupo de videntes extorquiam dinheiro dela em troca de "tratamento espiritual". As duas travavam uma batalha judicial pela herança deixada pelo colecionador Jean Boghici, pai da ré.
De acordo com a vítima em depoimento, ela foi ameaçada com uma faca em seu pescoço pela própria filha, que chegou a deixá-la sem comida para que fizesse transferências bancárias aos golpistas.
Sabine e Rosa eram casadas. A segunda é mãe de Gabriel Nicolau Traslaviña Hafliger, um dos homens que recebeu transferências bancárias feitas pela idosa, e irmã por parte de mãe de Diana, que se passou por vidente e fez a abordagem à vítima. Slavko é pai da foragida e Jacqueline, que também se passava por vidente, é prima. Todos foram presos durante uma operação da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) em agosto de 2022, mas liberados meses depois.
Sabine, que planejou o golpe com Diana, morreu em setembro do ano passado ao cair de um edifício na Zona Sul do Rio. Ela havia conseguido liberdade provisória e era apontada como a responsável por roubar 16 pinturas do acervo de seu pai, incluindo obras preciosas de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, das quais pelo menos duas foram comercializadas com colecionadores na Argentina.
O Disque Denúncia pede que informações sobre a localização de Diana sejam repassadas por meio de:
- Central de atendimento: (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177 - WhatsApp Anonimizado: (021) – 2253-1177 (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa) - Aplicativo: Disque Denúncia RJ
Não é preciso se identificar e o anonimato é garantido.
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