Apresentador e comentarista da Rádio Tupi, Washington Rodrigues estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca para tratar de um câncer. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.
Washington Carlos Nunes Rodrigues nasceu no Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1936. Na juventude, dividia seu tempo como bancário e como goleiro de futebol de salão, defendendo as cores do extinto Raio de Sol, de Vila Isabel. Sua carreira no rádio começou por acaso. Enquanto se recuperava de uma lesão, que o impedia de participar de um torneio de futebol de salão, recebeu um convite da Rádio Guanabara para fazer uma consultoria sobre o esporte.
Ele se destacou e acabou convidado para participar de um programa na rádio. Mais tarde, uma nova oportunidade surgiu para Apolinho. Isso porque dois jornalistas que transmitiam um jogo entre Vasco e Bonsucesso no Maracanã brigaram ao vivo. O diretor do rádio suspendeu a dupla por 15 dias e pediu para Apolinho trabalhar nas partidas de futebol naquele período.
Depois, foi para a Rádio Nacional, onde se tornou profissional, em 1966. Ele ficou até 1969, quando ingressou na Globo. Desde então, passou pelas Rádios Continental, Vera Curz, Tupi e Nacional. Apolinho, aliás, não trabalhou só na rádio. Ele foi colunista do jornal O Dia e Meia Hora. O comunicador também levou os talentos para a televisão.
Por que Apolinho?
O apelido surgiu quando trabalhava na Rádio Globo, que comprou os equipamentos de comunicação dos astronautas da missão Apollo 11, da Nasa.
"O apelido veio do microfone. O microfone se chamava Apolinho, porque era usado pelos astronautas na missão Apollo 11. A rádio comprou aquele equipamento. Então, deu ao microfone o nome de Apolinho. Aí o Waldir Amaral, que era o narrador, falava: ‘Lá vai o Washington Rodrigues com o seu Apolinho", disse o radialista, ao Museu da Pelada.
Treinador e dirigente
Apolinho também trabalhou como técnico do Flamengo em 1995, ano do centenário do clube. Na época, Kleber Leite era o presidente do clube da Gávea.
"Eu achei que o Kleber queria minha opinião sobre a indicação de um técnico. Minha sugestão era o Telê Santana, que conseguiria acalmar o racha interno, com disciplina, e fazer que as cobranças diminuíssem. Mas ele me disse que o escolhido era eu”, contou Apolinho, à ESPN, em 2019. "Aquilo foi uma convocação. Eu tinha de ir. Eu saí da arquibancada para comandar a minha paixão”, completou.
De acordo com o site 'Fla Estatística', ele comandou o time em 26 jogos. No período, foram 11 vitórias, oito empates e sete derrotas. Em 1998, teve nova passagem pelo Flamengo, dessa vez como dirigente. No ano seguinte, deixou o cargo e retornou à Rádio Tupi, onde estava desde então. Ele comandava o “Show do Apolinho”, que ia ao ar de segunda à sexta-feira, das 17h às 19h. Além disso, formou uma parceria de sucesso nas transmissões ao lado de José Carlos Araújo, o Garotinho.
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