Júlia tem um mandado de prisão temporária aberto pelo crime de homicídio qualificadoDivulgação
Suspeita de matar namorado pode estar com duas armas da vítima, diz delegado
Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, fugiu após ser considerada a principal suspeita do crime
Rio - A foragida Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, principal suspeita de matar o namorado envenenado com um brigadeirão, pode estar em posse de duas armas que estão registradas no nome da vítima. A informação foi repassada pelo delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo) e responsável pelas investigações, ao canal da Globo News, na tarde desta sexta-feira (31).
De acordo com o delegado, as duas armas desapareceram junto com os demais pertences de Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, incluindo o carro dele. Devido a esse fato, os policiais que fazem buscas por Júlia redobraram a atenção.
O Disque Denúncia divulgou, na noite de quarta-feira (29), um cartaz para ajudar na investigação da 25ª DP (Engenho Novo) e localizar Júlia. Enquanto isso, o delegado Marcos Buss continua ouvindo testemunhas para descobrir a motivação do crime.
Na segunda-feira (3), a distrital espera ouvir o gerente de uma farmácia que teria vendido uma caixa de um remédio controlado sem receita para Júlia. As investigações apontam que a foragida teria colocado 50 comprimidos moídos de dimorf de 30mg no brigadeirão ingerido pelo empresário Luiz Marcelo. No entanto, para ser vendido, o medicamento, que é à base de morfina, necessita de receita.
Amigo de vítima suspeita que foragida se passou pela vítima
O amigo de Luiz Marcelo, Marcos Antônio Moura, prestou depoimento nesta sexta-feira (31), na 25ª DP. O homem mostrou aos policiais uma mensagem de texto enviada pelo celular da vítima, mas que, segundo ele, pode ter sido escrita por Júlia. Na conversa do dia 18 de maio, Luiz pedia o adiantamento de um pagamento mensal pago por Marcos referente a uma casa alugada na Zona Norte do Rio.
O amigo estranhou a mensagem, já que Luiz sempre se comunicou com ele através de áudios e também o mesmo não passava por necessidades financeiras. Para Marcos, a mensagem foi escrita e enviada por Júlia.
O caso
O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de seu apartamento no dia 20 deste mês. Júlia é suspeita de ter posto veneno em um doce e oferecer ao empresário, que em seguida foi dopado com remédios controlados. Contra ela, há um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado. A mulher já é considerada foragida
De acordo com o laudo cadavérico, Luiz foi morto três ou seis dias antes do corpo ser localizado. A família da vítima contou ao DIA que a última fez que ele foi visto foi no dia 17 deste mês, justamente na companhia de Júlia. Segundo as investigações da 25ª DP, a suspeita dormiu ao lado do cadáver do namorado durante o fim de semana e, na segunda-feira (20), fugiu do apartamento levando pertences do empresário e o carro dele.
No decorrer do inquérito, os agentes apuraram que a namorada de Luiz, com a ajuda da cigana Suyana Breschak, presa na noite desta terça-feira (28) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, se desfez dos bens do namorado, inclusive de seu carro. O veículo foi levado para o município onde Suyana foi presa depois de supostamente ter sido vendido por uma quantia de R$ 75 mil.
Abordado pelos policiais, o homem que estava com o carro chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem. Com o mesmo homem, foram encontrados o telefone celular e o computador de Luiz Marcelo. Ele foi preso em flagrante por receptação.
Os agentes, então, chegaram à cigana, que disse que a autora tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Júlia seria garota de programa e mantinha um relacionamento com outro homem, além do empresário. Na data do crime, ela teria oferecido a Luiz Marcelo um brigadeirão envenenado.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Júlia pode ser enviada, de forma anônima, ao Disque Denúncia através da central de atendimento/call center (021) - 2253 1177 ou 0300-253-1177, do WhatsApp (021) – 2253-1177 e do aplicativo Disque Denúncia RJ.
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