Doação de sangue no Hospital Estadual da CriançaDivulgação
Campanha por doação de sangue em hospital na Zona Oeste arrecada 154 bolsas
Menino skatista Eiki Martello, que venceu a leucemia, voltou ao Hospital Estadual da Criança (HEC) para reforçar a campanha que abriu o Junho Vermelho
Rio - O skatista Eiki Martello, promessa do esporte brasileiro, participou de uma mobilização especial de coleta de sangue no ambulatório do Hospital Estadual da Criança (HEC), em Vila Valqueire, Zona Oeste do Rio, neste sábado. Eiki foi a estrela da campanha "Manobra Solidária", que arrecadou 154 bolsas de sangue e deu início ao "Junho Vermelho", mês dedicado à doação de sangue.
"O mês de junho é marcado com a cor vermelha, simbolizando a campanha de incentivo à doação de sangue. No dia 14 é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. Como primeiro evento do mês, a equipe do Hemorio realizou uma coleta no Hospital Estadual da Criança, destacando a importância da população jovem, a partir de 16 anos, já se voluntariar à doação de sangue", afirmou Renata Esteves, médica hemoterapeuta do Hemorio. Para animar os doadores, o evento contou com a participação de ritmistas da bateria da escola de samba Grande Rio.
Eiki descobriu a leucemia durante a pandemia de covid-19, em março de 2021. Foi paciente no HEC e enfrentou longos períodos de internação, além de sessões de quimioterapia. Perdeu os cabelos e as tranças de que tanto gostava, mas não a garra. Venceu sua batalha mais difícil e, de volta às pistas, passou da categoria mirim (até 12 anos) para iniciante (até 16 anos), para competir contra atletas do seu nível. Hoje, inspira crianças e adultos. "É muito importante ser doador de sangue, porque você pode ajudar muita gente que está precisando", disse Eiki.
"A leucemia é uma doença potencialmente grave e a doação de sangue é fundamental para auxiliar no tratamento. Ela permite uma recuperação mais rápida, já que, durante a quimioterapia, o paciente tem um maior consumo de hemácias e plaquetas e maior necessidade de transfusão", explica Patricia Moura, coordenadora médica do setor de oncohematologia pediátrica do Hospital Estadual da Criança.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil tem 11 mil casos de leucemia por ano. A doença é o tipo de tumor mais comum em crianças e adolescentes. De acordo com a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), o percentual de cura em crianças e adolescentes com Leucemia Linfóide Aguda (LLA) pode chegar a 90%.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais, que devem fornecer um documento de identidade. Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. Tatuagem e piercing impedem a doação por seis meses. Perfurações na região oral ou genital impedem a doação enquanto houver uso da peça.
Para mais detalhes ou informações, o doador pode consultar as redes sociais do Hemorio (@hemorio) ou ligar para o Disque Sangue de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7h às 17h, pelo número 0800 282 0708.
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