Trabalho de 24 garis aconteceu desde a Praça do Ó até a Avenida Olegário MacielReprodução/Redes Sociais

Rio - A Comlurb realizou uma operação de limpeza hidráulica das calçadas e canteiros do Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, após denúncias de envenenamento de cães. A ação aconteceu neste sábado (8), com apoio da subprefeitura da região, e utilizou água de reuso e aplicação de sabão líquido para eliminar produtos químicos que podem ter provocado a morte de seis cães e intoxicação de outros 40. O caso é acompanhado pela Comissão de Defesa dos Animais da Câmara Municipal do Rio. 
Segundo a Companhia, o serviço foi realizado por 24 garis, com cinco pipas d'água, duas vans motobomba e duas jateadeiras. Além da lavagem das vias, também houve varrição manual das ruas e a limpeza dos ralos. A operação foi dividida em cinco áreas, sendo a 1 incluindo a Avenida Rodolfo Amoedo, a Praça São Perpétuo (Praça do Ó) e a Rua Professor Coutinho Fróis. A área 2, contemplou a Avenida Alda Garrido e a Praça Professor José Bernardino (Pomar da Barra).
Da área 3 fizeram parte as ruas John Kennedy, Paranhos Antunes, Zaco Paraná e Ivone Cavaleiro. Na área 4 foram limpas as ruas Pedro Lago, Manuel Brasiliense, Aldo Bonadei e Pedro Bolato. A área 5 fechou o serviço, nas avenidas General Guedes da Fontoura e Comandante Júlio de Moura. Pela extensão das áreas, em cada trecho o trabalho foi operado com conjuntos de pipa e jateadora/motobomba, exceto na 5. "Fizemos um grande esforço e programamos uma grande operação de limpeza e lavagem de passeios e calçadas, desde a Praça do Ó até a Olegário Maciel", disse o presidente da Comlurb, Flávio Lopes.
Em uma publicação em seu perfil nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes informou que, além da operação de limpeza hidráulica no Jardim Oceânico, a Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio (Civitas) do Centro de Operações Rio (COR) está trabalhando para identificar, por meio das câmeras de monitoramento, os possíveis responsáveis pelos supostos envenenamentos. 
Na manhã desta segunda-feira (10), o presidente da comissão, vereador Luiz Ramos Filho (PSD), vai à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte, para denunciar o caso. O parlamentar espera descobrir os responsáveis por colocar produto tóxico nos canteiros do bairro, bem como a motivação.
O vereador irá à especializada acompanhado da tutora da cadela Mel, que morreu após apresentar sintomas de envenenamento, em 6 de maio. "Quem quer que seja, vai responder pelo crime. E se foi empresa, o responsável pela empresa responderá, pois as empresas sabem que não podem envenenar os canteiros. Precisamos também saber a motivação, se foi propositalmente para envenenar os animais ou para exterminar pragas. De qualquer maneira é crime e precisa ser investigado e punido", disse o parlamentar. 
Em nota, a Polícia Civil informou que a DPMA investiga o caso, após três registros realizados na 16ª DP (Barra da Tijuca). "Os agentes aguardam o comparecimento de outros tutores na especializada e realizam diligências para esclarecer os casos", completou a instituição. 
Entenda o caso
Na última sexta-feira (7), o presidente da Comissão de Defesa dos Animais recebeu uma denúncia de contaminação de canteiros no Jardim Oceânico, que teria provocado mortes e intoxicação de animais. A administradora Juliana Salinas, 39, perdeu a cadela Mel há um mês, na região. Tutores de cães do bairro identificaram que o primeiro animal com sintomas de intoxicação foi internado em 5 de maio e, desde então, os casos aumentaram. 
Em comum, os animais afetados passeavam em seis vias entre a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Rua General Ivan Raposo, e a Rua John Kennedy, no Jardim Oceânico. A Polícia Civil orientou que tutores dos animais ou responsáveis por clínicas veterinárias que fizeram os atendimentos dos cachorros intoxicados compareçam a uma delegacia para fornecer informações.