Antônio Chaves foi executado dentro do carro em Vila IsabelRenan Areias

Rio - O empresário Antônio Gasparzianne Mesquita Chaves, de 33 anos, foi enterrado no início da tarde desta segunda-feira (10), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
No domingo (9), Antônio foi morto a tiros em Vila Isabel, na Zona Norte, próximo do Bar Parada Obrigatória, do qual ele era dono. O estabelecimento fica na esquina da Boulevard 28 de Setembro com a Rua Souza Franco, considerada uma das vias mais movimentadas da região e onde ocorreu a execução.
Câmeras de segurança identificaram o carro utilizado pelos assassinos e o percurso do veículo foi monitorado pela Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio da Prefeitura do Rio (Civitas). Nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes informou que o automóvel utilizado pelos criminosos foi um modelo Polo com placa clonada. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Segundo testemunhas, o homicídio do comerciante teria ligação com a guerra entre contraventores. Em abril do ano passado, duas pessoas foram baleadas durante um ataque ao Bar Parada Obrigatória realizado por um grupo ligado ao bicheiro Luiz Cabral Waddington Neto, de 42 anos.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um grupo de seis homens estaciona três veículos na rua do bar. Após uma breve reunião, um dos criminosos, que seria o próprio Luiz Cabral, vai ao local e atira. Os comparsas que estavam com ele também realizam disparos. Logo em seguida, eles fogem. Na época, o Disque Denúncia chegou a divulgar um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro do bicheiro.
As vítimas foram Vitor Luiz de Souza Fernandes e Marcos Paulo Gonçalvez Nunes. O segundo é irmão do tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado por envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli.
O crime em 2023 aconteceu um dia após o filho do bicheiro Luiz Cláudio ter sofrido uma tentativa de homicídio no Catumbi, na região central do Rio. Na época, ele confessou que participava de uma quadrilha do jogo do bicho e afirmou que o contraventor Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, estaria ligado ao atentado contra seu filho.