Apreensões realizadas durante operação contra envolvidos na milícia de ZinhoRenan Areias/Agência O Dia

Rio - A Polícia Civil realiza, na manhã desta quarta-feira (12), a "Operação Magnum", que tem como objetivo acabar com uma rede criminosa de lavagem de dinheiro e atividades ilícitas para a milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. Os agentes cumprem mais de 50 mandados de busca e apreensão.
Segundo as investigações, um dos alvos utilizava empresas do setor de transporte e intermediários para simular a origem do dinheiro proveniente de atividades criminosas da milícia, como grilagem de terras, loteamento irregular de terrenos e extorsões. O grupo movimentou cerca de R$ 30 milhões de 2021 a 2024.

O criminoso estava inicialmente vinculado às finanças e à lavagem de dinheiro para o miliciano Danilo Dias Lima, o Tandera, mas teria se aliado à milícia de Zinho. Essa transição ocorreu em 2022, período em que sofreu baixas em sua organização criminosa.

Os alvos da ação são pessoas e empresas envolvidas no esquema. A operação é realizada por agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD).

Os policiais foram às ruas em Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste, em Seropédica, na Baixada Fluminense, e em Petrópolis, na Região Serrana, para cumprir os mandados de busca e apreensão. Eles também atuam em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo em parceria com as polícias dos estados.

A operação contou com a participação de unidades especializadas, incluindo equipes de inteligência, unidades táticas, peritos financeiros e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Duas pessoas foram presas em flagrante. Uma foi autuada por receptação e outra por furto de energia elétrica e crima ambiental. Durante as diligências, foram apreendidos três veículos de luxo avaliados em mais de meio milhão de reais, aproximadamente R$ 240 mil em espécie, armas de fogo, jet-ski, quadriciclo, computadores, celulares e documentos, entre outros.