Luciene da Silva Queiroz Barreto foi morta em Belford RoxoRedes Sociais

Rio - A Justiça do Rio converteu em preventiva, neste domingo (30), a prisão em flagrante do serralheiro Eduardo Lima Barreto, de 46 anos, por matar a ex-companheira, que trabalhava como gari, Luciene da Silva Queiroz Barreto, de 39, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Na decisão, a juíza Mariana Tavares Shu, da Central de Custódia, destacou que "a crueldade dos fatos, praticado com diversas facadas, demonstra a mais absoluta inadequação do custodiado ao convívio social e sua extrema periculosidade".
O crime aconteceu na última sexta-feira (28). Segundo testemunhas do caso, a gari chegava para trabalhar no bairro São Francisco, ainda no início da manhã, por volta das 6h, quando o ex-marido a surpreendeu.
Os dois estavam separados desde fevereiro e Eduardo não aceitava o fim do relacionamento. O homem teria aplicado golpes no abdômen e no tórax da vítima. Ele foi preso em flagrante com as duas facas usadas no crime.
A magistrada também mencionou que outras testemunhas do caso ainda não prestaram depoimento e a soltura poderia atrapalhar o andamento das investigações.
"Destaque-se que a liberdade do autor dos fatos poderá incutir o temor nas testemunhas em comparecer à audiência para prestar depoimento sabendo que o autor dos fatos estará solto no mesmo ambiente".
No texto, a juíza ainda relembrou que Eduardo possui outras anotações criminais, como violência doméstica.
"A primariedade, por si só, não confere o direito à liberdade, salientando-se que ele possui diversas anotações criminais em sua FAC (Folha de Antecedentes Criminais), inclusive por violência doméstica."
No documento, também é evidenciado que Luciene, momentos antes de ser morta, estava conversando com Alguimar Silva dos Santos, um colega de trabalho com quem estava se relacionando há cerca de dois meses.
Em depoimento, Aguimar contou à polícia que Eduardo procurou Luciene em frente à Secretaria de Conservação Municipal de Belford Roxo, onde a vítima e seu atual companheiro trabalhavam.
Eduardo chegou no local e a chamou para conversar. Ela se aproximou para falar sobre as questões do divórcio com o criminoso e, instantes depois, foi atacada por ele.
A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Luciene foi enterrada no sábado (29), no Cemitério Municipal de Belford Roxo.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). De acordo com a Polícia Civil, agentes da especializada estiveram no endereço e fizeram perícia. O autor responderá pelo crime de feminicídio.