Família denuncia agressão contra bebê por técnico alcoolizado no Hospital Salgado Filho Divulgação
Em depoimento, mãe lembra que funcionário do Salgado Filho disse que daria dois 'tapinhas' em bebê
Técnico de enfermagem foi afastado e é aguardado para prestar novo depoimento ainda nesta semana na 23ª DP (Méier)
Rio - A Polícia Civil ouviu novamente, na tarde desta segunda-feira (1º), a mãe do bebê de 4 meses que teria sido agredido dentro do Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na Zona Norte do Rio. A professora Camila Nascimento de Lima, de 26 anos, mãe do menino, já havia prestado depoimento na noite de domingo (30), data do ocorrido, mas retornou à 23ª DP (Méier) nesta tarde. A distrital responsável pelas investigações vai ouvir o técnico de enfermagem envolvido na denúncia ainda nesta semana.
Ao inspetor da distrital, Camila voltou a afirmar o que presenciou na unidade de saúde. Ela e o pai do bebê, o barbeiro Jean Pereira de Lima, de anos 32, contaram que decidiram procurar uma unidade de saúde porque o menino apresentou uma tosse frequente e seguiram para o hospital, depois que não conseguiram atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, também na Zona Norte. No Salgado Filho, o menino passou pela pediatria e a médica o encaminhou para a enfermagem, onde receberia medicação.
Camila diz que a criança deu entrada na enfermaria junto dela e que percebeu que o técnico de enfermagem apresentava sinais de embriaguez, cambeleava, falava alto e discutia com outros pacientes. Segundo a mulher, o funcionário disse que daria dois "tapinhas" no rosto do bebê e, em seguida, o agrediu. Assustada, ela ligou para o marido que foi até o setor, mas já não encontrou o profissional no local.
Logo após o ocorrido, a Polícia Civil encaminhou o menino para exame de corpo de delito. A família do bebê agora espera pelo resultado do exame de alcoolemia do técnico para decidirem quais medidas vão tomar.
Funcionário foi afastado
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) informou que, além das investigações e do boletim de ocorrência, uma sindicância interna foi aberta e o técnico afastado das atividades, até que se apure os fatos. A direção do Hospital Municipal Salgado Filho ainda declarou que "repudia veementemente todo e qualquer ato de violência e fará de tudo para que a situação seja devidamente esclarecida".
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