Familiares de Camille Vitória protestam, nesta sexta-feira (12), pelo desaparecimento dela em AnchietaPedro Teixeira/Agência O Dia
Família de jovem desaparecida há uma semana faz protesto e trânsito fica interditado em Anchieta
Mãe de Camille Vitória acredita que a filha esteja viva e questionou onde estão as imagens das câmeras de segurança
Rio - O desaparecimento de Camille Vitória, de 21 anos, completa uma semana nesta sexta-feira (12), sem respostas. A angústia de não saber onde a jovem está fez Janaína Monteiro, mãe da jovem, organizar uma manifestação na tarde desta sexta-feira (12), em Anchieta, na Zona Norte do Rio O grupo se concentrou na frente do clube esportivo em Anchieta, na Rua Arnaldo Marinelli, local onde o suspeito de envolvimento no paradeiro de Camille trabalhava e morava, e realizou uma passeata até uma praça da região.
Por causa da manifestação, o Centro de Operações Rio informou, às 17h51, que a Estrada Marechal Alencastro, na altura da Rua Zanini, estava com retenção no trecho. Uma via também está interditada no seintido Deodoro, na altura da Rua Deputado Hilton Gama. As equipes da Subprefeitura, Guarda Municipal e Polícia Militar foram acionadas.
Com cartazes estampando o rosto da jovem, os manifestantes pediam mais agilidade nas investigações da Polícia Civil. O caso inicialmente foi registrado na 31ª DP, mas em seguida foi encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Janaína diz acreditar que a filha está viva e será localizada. "Ela está viva. A minha esperança não morre nunca, só quero saber onde ela está".
Entre os pedidos da família de Camille está a liberação rápida das imagens de câmeras de segurança da estação de trem em Anchieta, onde ela foi vista pela última vez. Segundo a SuperVia, a concessionária que administra o serviço no estado do Rio recebeu o ofício da Polícia Civil e prontamente começou a coleta das imagens requisitadas para encaminhar às autoridades. Sobre a demora no processo, a SuperVia ressaltou que aguardou o pedido oficial em respeito às normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "A SuperVia manifesta sua solidariedade à família da jovem Camille Vitória e torce para a rápida resolução do caso", disse por meio de nota.
A família também pede o uso do sistema de reconhecimento facial, quebra de sigilo telefônico e outros meios que possam agilizar as buscas.
Camille Vitória foi vista pela última vez na tarde do dia 5 de julho, quando seguia para uma suposta entrevista de emprego no Centro do Rio. A família da jovem suspeita que ela tenha sido enganada por um zelador do clube esportivo. Desde o desaparecimento da jovem, o suspeito não apareceu mais no clube e também desapareceu. Camille costumava trabalhar de freelancer em eventos do clube, a convite do suspeito, por isso tinha contato com ele.
As informações sobre o paradeiro da jovem Camille podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (2253-1177). Todas as informações têm a garantia do sigilo e anonimato.
Desaparecida enviou áudio suspeito
A suspeita de que a jovem tenha sido vítima de alguma emboscada aumentou quando a família teve acesso às últimas mensagens enviadas por Camille a uma tia. "Vou te mandar um áudio aí, mas não precisa falar nada para ninguém. É só para disfarçar um negócio aqui", escreveu Camille, seguido do áudio: "Oi. Eu encontrei com uma amiga aqui no Centro, com a Nina. Aí eu vou ter que fazer um favor para ela em Campo Grande. Eu vou chegar um pouquinho tarde, tá?".
A mãe afirma que ela nunca saiu de casa e deixou de dar notícias sobre onde estava. Camille tem três filhos, sendo todos menores de idade. O filho mais novo tem apenas oito meses.
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