Receptação de celular durante Ação OrdoCarlos Magno/Governo do Estado

Rio - As Forças de Segurança retornaram a comunidades da Zona Oeste, nesta segunda-feira (22), para a segunda semana da Ação Ordo. Desde as primeiras horas da manhã, equipes atuam no Pereirão, Gardênia Azul e Rio das Pedras para recuperar celulares furtados e roubados, além da fiscalização de ferros-velhos e dos comércios varejistas de produtos alimentícios, como mercados e açougues.


Agentes da Polícia Civil, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) atuam na fiscalização. Enquanto PMs realizam o monitoramento das comunidades Cesar Maia, Muzema, Gardênia Azul e Rio das Pedras.
Durante a ação, uma força-tarefa coordenada pelo Detran, com a participação das polícias Civil e Militar,  técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Secretaria de Fazenda, interditaram um ferro-velho que funcionava sem licença na Rua Cândido Benício, no bairro do Tanque. O estabelecimento comercializava peças de veículos sem comprovação de origem. 

Ao todo, desde a última semana, já foram interditados três estabelecimentos, sendo dois na Gardênia Azul, por falta de licenciamento para funcionar, ausência de notas fiscais das peças comercializadas e crime ambiental, por despejo de óleo motor no solo.

Além de fiscalizar unidades de comercialização de peças de automóveis, com o objetivo de combater a cadeia econômica ligada ao roubo e furto de veículos, os agentes também orientam os proprietários para regularizarem seu estabelecimento junto ao órgão. Toda a documentação necessária se encontra na aba "desmonte" no sitedo Detran.RJ.
Ainda na ação, policiais da Delegacia do Consumidor (DECON) autuaram um mercado na comunidade de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, que comercializava 70kg de produtos com validade vencida. Os alimentos impróprios para consumo foram descartados no local e o gerente do estabelecimento foi preso em flagrante.

Em outro local, o proprietário de um "Bota-ForaI" irregular foi autuado por crime ambiental. O espaço operava sem o devido licenciamento e armazenava materiais como resíduos de construção civil, latas de tinta e resíduos de óleo diretamente no solo, em violação às normas ambientais. Na área, os agentes apreenderam 1 caminhão, 1 retroescavadeira e 38 caçambas utilizadas na atividade irregular.
Outros 74 presos
A operação teve início na última segunda-feira (15), e em quatro dias, 74 pessoas foram presas. A iniciativa, que abrange 14 comunidades e mira atividades econômicas ilegais, tem como um dos objetivos apoiar as concessionárias para que elas possam atuar nesses territórios.

Até o momento, segundo o secretário interino da Polícia Civil, Alexandre Capote, 80% das prisões foram relativas a atividades exercidas ilegalmente que impõem serviços a populações de áreas dominadas por organizações criminosas, como empresas irregulares de internet, fábricas de gelo, fábricas de gesso, entre outras.
As regiões vivem uma intensa onde de violência devido ao conflito entre criminosos rivais. Sob forte influência de milicianos, as comunidades têm sido palco de invasões do Comando Vermelho (CV), que pretende expandir pontos de venda de drogas pelo Rio. No ano passado, integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) se juntaram aos paramilitares para expulsar a facção, que conseguiu invadir partes desses locais.