Vitor Soares do Nascimento recebeu alta acompanhado da mãe e do irmãoDivulgação / Secom - DC
O boletim divulgado pela direção da unidade informou que o paciente apresentou boa evolução em enfermaria, e que, com isso, a alta foi acompanhada de um encaminhamento para tratamento da neurocirurgia na unidade.
Na última sexta-feira (19), Vitor contou ao DIA que tem poucas lembranças do que aconteceu. Falou apenas que estava trabalhando, cortando madeira quando, de repente, tudo ficou escuro.
"Eu não lembro de nada, estava fazendo a carpintaria, só desmaiei, mas não senti dor. Foi um milagre. Meu maior desejo agora é sobreviver e reencontrar minha filha de novo", disse ele, na ocasião.
Na noite do dia 10 de julho, logo após dar entrada no hospital, Vitor passou por uma cirurgia para retirada do pedaço de madeira, drenagem de hematoma cerebral e redução de afundamento em região frontal do crânio.
O procedimento durou em torno de 4h. Inicialmente, ele foi atendido em um hospital de Mangaratiba, sendo transferido para o Adão Pereira Nunes em seguida, devido à gravidade do acidente. O rapaz ficou no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) por cinco dias, até o dia 15.
Estaca tinha 40 cm
No dia do acidente, o carpinteiro passou por uma tomografia de crânio, que evidenciou fratura fronto facial, com fragmentos ósseos, e contusão cerebral profunda. Segundo o coordenador da neurocirurgia do hospital, Vinícius Zogbi, a estaca tinha 40 cm e perfurou 6 cm do lóbulo frontal direito de Vitor.
Ainda segundo o coordenador, o pedaço de madeira não atingiu estruturas importantes do cérebro e o jovem teve pouca perda de massa encefálica. A contusão cerebral foi completamente drenada e feita lavagem da cavidade, por se tratar de material contaminado.
Logo após a cirurgia, ele foi extubado e deu sinais de interação, além de ter mobilizado os quatro membros. Vitor ficou com um hematoma no olho direito, mas o globo ocular e o nervo ótico não foram afetados.
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