Operação Shamar combate violência doméstica e familiarReprodução

Rio - Policiais civis e militares do estado do Rio realizam, a partir desta quinta-feira (1), uma operação de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher e ao feminicídio. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a "Operação Shamar" faz parte do calendário do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim deste tipo de crime, e ocorre em parceria com forças de segurança de todo o país.

Na Polícia Civil, o Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) está à frente do trabalho, mas todos os departamentos participam da ação. Durante o período da operação, que vai até o dia 30 de agosto, as unidades irão cumprir mandados de prisão e intensificar a apuração dos procedimentos. Também está prevista a realização de ações preventivas, como palestras e debates.

Já a Polícia Militar terá o Programa "Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida" coordenando as ações, com equipes fiscalizando o cumprimento de medidas protetivas, realizando ações de conscientização e estreitando os laços com as mulheres assistidas. A iniciativa também pretende priorizar os atendimentos acionados via Central 190, assim como os registrados através dos Apps 190 e Rede Mulher, relacionados à situações emergenciais envolvendo a violência doméstica e familiar contra a mulher e tentativas de feminicídio.
A coordenadora da operação na PM, Major Bianca Ferreira, destacou que o mês de agosto terá um calendário com ações especiais a cada dia. Nesta quinta-feira (1), foi inaugurada a sala "SOS Mulher", na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, em Jardim Sulacap, voltada para o acolhimento de mulheres vítimas de policiais militares. Ações de combate à violência contra a mulher no interior também serão fortalecidas.

Durante o período, a Patrulha Maria da Penha, que completa cinco anos no próximo dia 5, ganhará intensificação na fiscalização do cumprimento de medidas protetivas, com visitas às mulheres.

No próximo dia 7, o aplicativo Rede Mulher também ganhará um novo serviço, a sala lilás, que contará com atendimento humanizado às vítimas. A major destaca as funções do aplicativo.

"É um aplicativo gratuito, seguro. A mulher consegue colocar no modo camuflado, em que o agressor não consegue identificar que é um ícone de segurança", ressalta. O Rede Mulher permite solicitar uma medida protetiva de urgência, fazer registro de ocorrência online, nomear três guardiões de segurança, como familiares e amigos, acionáveis por meio de botão de emergência, acionar o 190, em caso de emergência, além de outras funcionalidades.
"Nesta operação, priorizamos eventos, palestras, ações de conscientização para combater esse fenômeno que preocupa muito a nossa sociedade. Os dados mostram crescimento de todas as formas de violência contra a mulher e as forças de segurança e o Governo de Estado demonstram preocupação com esse cenário", analisa a coordenadora da operação, major Bianca Ferreira. 

A "Operação Shamar" foi batizada em referência à palavra em hebraico para cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar.