Agentes do Procon-RJ apreenderam cerca de 30 toneladas de sabão em pó falsificado no CeasaReprodução
A autarquia já havia recebido informação da indústria que produtora do sabão que o material original estava sendo falsificado. Por esse motivo, há dois meses, o próprio fabricante concedeu treinamento aos fiscais do Procon-RJ para que eles pudessem identificar produtos potencialmente falsos.
Na capacitação, os agentes aprenderam a identificar características como ausência da marca d'água na caixa do produto, visto apenas por luz negra, e a avaliarem a facilidade na abertura da caixa, por estarem coladas aparentemente de forma manual. Nas embalagens verdadeiras, a aplicação é feita por traços realizados por pentes aplicadores na linha de produção.
Na terça-feira (30), agentes da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) apreenderam cerca de 18 toneladas de sabão em pó falsificado no atacadista Mega Box, em Olaria, também na Zona Norte.
Segundo o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho, o Código de Defesa do Consumidor afirma que produtos falsificados são impróprios para o uso e consumo, podendo causar riscos à segurança e à saúde do consumidor.
"Há uma potencial lesão ao consumidor que, muitas vezes, não tem conhecimento da origem falsa do produto, sendo atraído pelos preços mais baratos ou pela aparência similar ao original. O consumidor que adquire um produto falsificado perde dinheiro, pois este ele não possui a mesma qualidade e durabilidade do original", alertou.
"É direito fundamental do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra riscos provocados pela comercialização de produtos falsificados. Caso o consumidor suspeite ou verifique algum produto falsificado sendo comercializado, deve denunciar às autoridades policiais e às entidades de proteção e defesa do consumidor para apuração dos fatos e retirada do mercado de consumo", reforçou.
As mostras dos produtos foram recolhidas e enviadas ao fabricante e à DRCPIM. Questionado, o Ceasa ainda não respondeu. O espaço está aberto para manifestação.
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