A cremação ocorreu no Crematório do Memorial do Carmo, no Caju, na Zona PortuáriaReginaldo Pimenta/Agência O DIA

Rio - O velório do ex-prefeito de Niterói, Ronaldo Fabrício, de 90 anos, reuniu familiares e amigos na manhã desta sexta-feira (2), no Crematório do Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio. A cremação ocorreu às 12h30. Para o filho, Rogério Fabrício, o pai era uma pessoa maravilhosa e sempre muito profissional.


"Eu como filho, acho que ele para mim foi tudo, um pai, amigo e sempre presente. Familiares e amigos estão todos aqui, todos que conheceram gostaram muito dele. Profissionalmente, a mídia, todas as redes sociais, as empresas onde ele trabalhou, todos fizeram uma homenagem maravilhosa e eu agradeço do fundo do coração, que ele descanse em paz", disse.

Rogério ainda reforçou que sentia muito orgulho do pai. "Ele era uma pessoa maravilhosa, sempre foi profissional, todos os lugares que ele passou trouxe amigos. Eu me orgulhava muito de ter um pai como ele e fiz tudo para ser um filho que ele gostaria de ter", finalizou.
Quem também esteve no velório foi Antônio Muller, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear, que comentou sobre o privilégio de ter trabalhado com Ronaldo.

"Uma pessoa excepcional, sério, competente, que contribuiu muito no setor nuclear brasileiro. Ele foi o fundador da eletronuclear. O Fabrício é um marco na energia nuclear no Brasil, tive o grande prazer de trabalhar com ele. É uma grande perda, mas ao mesmo tempo a família e todos nós amigos temos que nos orgulhar do que ele fez, ele foi um desbravador da energia nuclear no Brasil", comentou.

Ronaldo morreu de causas naturais. Ele deixa dois filhos e três netos.

Primeiro prefeito de Niterói

Ronaldo foi o primeiro prefeito da Cidade Sorriso após a fusão do Rio de Janeiro e da Guanabara, entre março de 1975 e janeiro de 1977, quando o município deixou de ser estado.

Ao deixar a prefeitura, optou por não seguir carreira política. Ele também era engenheiro civil e considerado um dos pioneiros da indústria nuclear brasileira. Fabrício foi o fundador e primeiro presidente da Eletronuclear.

Na estatal, ele concluiu a construção da usina Angra II. Além disso, presidiu Furnas. Até o ano de 2016, Fabrício atuou como vice-presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan).