Rio – O estado do Rio de Janeiro registrou um aumento de 19,3% nos casos de mortes intencionais de crianças e adolescentes no ano passado. Entre 2021 e 2023, foram contabilizados 1.261 casos envolvendo jovens de 0 a 19 anos. É o que aponta o estudo divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Apesar de a maioria das vitimas (96%) terem de 10 a 19 anos, o número de mortes violentas de crianças de até 9 anos chega a 53 no período observado. O estudo destaca que dentre esta faixa etária de 0 a 9, houve um aumento de 64,3% na letalidade em 2023, na comparação com 2022.
Ainda segundo a pesquisa da Unicef, a violência policial foi responsável por 33% destas mortes letais ocorridas desde 2021.
Quando se trata de violência sexual, o número nestes três anos alcança 11.963, contando meninos e meninas. Isso equivale a um caso de estupro de criança ou adolescente por hora. No entanto, a pesquisa indica uma leve redução que, segundo os pesquisadores "deve ser observado com cautela pelo desafio das subnotificações".
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar (SEPM) destaca que "a opção pelo confronto é uma conduta dos criminosos, que promovem ataques inconsequentes com armas de guerra não somente contra as forças de segurança do Estado, mas também contra toda a sociedade".
De acordo com a pasta, as ações e condutas da corporação são feitas a partir de planejamento prévio, e que o índice de Letalidade Violenta - que inclui os dados sobre os homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, roubos seguidos de morte e mortes por intervenção de agente do Estado - "caiu 25% no acumulado do primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo o menor número de mortes desde o início da série histórica, em 1991".
Veja a nota na íntegra:
A Assessoria de Imprensa da SEPM informa que as ações da corporação são pautadas pelo planejamento prévio, sendo direcionadas pelas análises das manchas criminais locais, e são executadas dentro do previsto na legislação vigente.
Dentre as principais metas do atual comando da corporação, estão o combate direto aos grupos criminosos organizados, que promovem disputas territoriais na região metropolitana e interior do Estado, assim como o combate aos roubos e crimes nas ruas, visando o aumento da sensação de segurança da população de maneira geral.
O resultado dessa metodologia de atuação se reflete em dados compilados. O índice de Letalidade Violenta - que inclui os dados sobre os homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, roubos seguidos de morte e mortes por intervenção de agente do Estado - caiu 25% no acumulado do primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, atingindo o menor número de mortes desde o início da série histórica, em 1991.
A corporação destaca ainda que a opção pelo confronto é uma conduta dos criminosos, que promovem ataques inconsequentes com armas de guerra não somente contra as forças de segurança do Estado, mas também contra toda a sociedade.
O saldo operacional da SEPM reflete a complexidade do cenário de atuação nas ruas. Nos primeiros cinco meses deste ano, somente a Polícia Militar já prendeu mais 19.000 pessoas e apreendeu mais de 2.600 adolescentes infratores, grande parte destes envolvidos com grupos criminosos de traficantes de drogas, roubadores e milicianos. Nessas ações, mais de 3.500 armas de fogo foram retiradas das ruas, dentre elas mais de 380 fuzis de guerra.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar, com o amplo aporte do Governo do Estado e de maneira integrada com as Secretarias de Estado de Segurança e de Polícia Civil, seguirá investindo em tecnologia, capacitação do efetivo, infraestrutura e logística para tornar cada vez mais a atuação da corporação precisa e efetiva, visando um único objetivo: a segurança da população do Rio de Janeiro.
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