Diogo Vinicius da Silva de Oliveira foi preso no domingo (18) na Barra da TijucaReprodução / Redes Sociais

Rio - A família de Diogo Vinícius da Silva de Oliveira, de 24 anos, tenta provar sua inocência após o jovem ser preso por um roubo, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Ele foi detido na noite do último domingo (18) como integrante de um grupo que roubou o cordão de ouro de um homem. O montador de cenário foi autuado em flagrante por roubo e corrupção de menores.
Segundo a Polícia Militar, uma equipe do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) foi abordada por um homem informando que havia sido roubado na Avenida das Américas, próximo à estação de metrô Jardim Oceânico, e que os suspeitos teriam entrado em uma composição do BRT.
A PM informou que os agentes encontraram dois homens, sendo um deles Diogo e o outro um amigo dele, e três adolescentes. A vítima reconheceu o grupo como os assaltantes. No entanto, o cordão roubado não foi encontrado com nenhum deles.
Ao DIA, o vendedor Thiago da Silva de Oliveira, de 22 anos, irmão de Diogo, diz que o jovem não cometeu o crime. De acordo com o familiar, o irmão tinha saído da praia, no Posto 5, na Barra, com amigos e foi até a estação do BRT Bosque Marapendi para voltar para casa. Na estação Parque das Rosas, os policiais o abordaram.
"Nesse BRT, estavam o meu irmão e o amigo dele. A vítima relatou que eram cinco e que eles estavam de camisa preta. Os policiais pararam o BRT e chamaram três menores de idade, que estavam de camisa preta. Depois, eles voltaram e chamaram meu irmão e o amigo também. O meu irmão disse que não fez nada e eles mandaram eles descerem. Eles levaram o meu irmão até a vítima e ela acusou ele de ter puxado o cordão. Eram cinco pessoas, os três que eles chamaram eram menores de idade. O meu irmão e o amigo dele não conheciam eles, nem sabem onde eles moram, nunca tiveram acesso. Não conhecem. Acabou que o meu irmão e o amigo dele que seguraram isso. Ele está como autor do furto e por indução dos menores, como se ele tivesse induzido os menores a praticar o ato também", contou Thiago.
Em depoimento, a vítima contou que o jovem puxou o seu cordão ao atravessar a rua na sua frente. Logo depois, ele e a companheira denunciaram o caso para policiais militares. Posteriormente, o homem foi até o seu veículo e, quando parou em um sinal, viu os suspeitos atravessando a via em direção a estação Bosque Marapendi e tirou uma foto do grupo parado na estação. Quando o grupo foi detido, a vítima reconheceu os assaltantes.
O registro de ocorrência aponta a prisão em flagrante de Diogo. No entanto, a família contesta a versão da vítima. Para Thiago, a distância do local do assalto para onde o irmão saiu da praia com os amigos é longa andando e o horário do crime não seria compatível com a hora em que o jovem deixou a praia.
"Não encontrou o cordão. O boletim de ocorrência diz que foi pego em flagrante. Só que o meu irmão não foi pego no local do assalto porque o roubo foi no Jardim Oceânico e o meu irmão foi pego dentro do BRT no Parque das Rosas. Nem o objeto foi encontrado. Eu não sei dizer que flagrante. No boletim de ocorrência, não tem nenhuma declaração. O meu irmão não teve direito de fala. Ele não pode dar uma ligação para a família", destacou.
Segundo o irmão, a família segue vivendo a angústia enquanto Diogo segue preso. O jovem mora com a namorada e com o filho, de 1 ano e 9 meses. "Eu não estou conseguindo dormir direito. Estou tentando me manter forte. O meu pai tá vivendo um pesadelo. Eu também estou, mas nada comparado a ele. Toda vez que ele toca nesse assunto, ele cai em lágrimas de não conseguir falar direito. Estamos indignados com essa injustiça", finalizou.
O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca). De acordo com a Polícia Civil, Diogo foi reconhecido presencialmente pela vítima e por uma testemunha.
"Segundo elas, após o crime, os autores foram vistos indo em direção à estação do BRT. Elas, então, acionaram policiais militares que conseguiram localizar o homem e conduzi-lo à delegacia. Após a autuação, ele foi encaminhado à Justiça para a audiência de custódia, que converteu a prisão em flagrante em preventiva", disse a instituição em nota.
A família informou que a defesa entrou com um pedido de análise de câmeras que mostram a movimentação de Diogo e do local onde o assalto aconteceu para poder esclarecer sua inocência. Segundo Thiago, esse é o objetivo principal no momento para poder entrar com uma solicitação de habeas corpus para o jovem.