Ao todo, são esperadas 23 testemunhas, entre as de acusação e defesa, e o interrogatório dos três réus: o PM Leandro Machado da Silva, Cezar Daniel Mondego de Souza, ex-funcionário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e Eduardo Sobreira de Morais.
Os três estão presos desde março por envolvimento no crime, em 26 de fevereiro, quando o Crespo saía do seu escritório, que fica na mesma calçada da OAB, para lanchar e conversar com conhecidos.
Na ação, bandidos chegaram em carro branco. Vestindo uma touca ninja, um deles sai do veículo atirando. O advogado, de 42 anos, foi atingido por 12 disparos — dois quando estava de pé e outros dez após cair. Ele morreu no local.
Segundo o inquérito, o PM já tinha passagens por homicídio e por integrar uma milícia na Baixada Fluminense, e foi responsável pela execução, enquanto Eduardo monitorou a rotina da vítima.
O mesmo serviço foi atribuído a Cezar. Os dois dirigiam carros iguais, um Gol Branco, que aparece nas imagens de câmeras de segurança.
Quem era Rodrigo?
Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) desde novembro de 2011, Rodrigo Crespo fazia parte da Comissão de Direito Processual Civil na entidade. Também era sócio fundador do Marinho & Lima Advogados, tinha experiência em Direito Civil Empresarial com ênfase em Contratos e Direito Processual Civil. Ele se formou em 2005 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tinha pós-graduação em Direito Civil Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Conforme consta no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Rodrigo estava à frente das defesas de processos por posse, aquisição de bens materiais, indenização por bens materiais e confissão de dívidas. O advogado também atuou contra Glaidson Acácio dos Santos, o 'Faraó dos Bitcoins', em um processo que correu entre 2022 e 2023 na 3ª Vara Cível da Barra da Tijuca, Zona Oeste. O inquérito foi arquivado porque o homem que processou Glaidson deixou de se manifestar à Justiça após não conseguir a gratuidade no processo.
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