Voluntários recolheram garrafas, guimbas de cigarro, sapatos e outros resíduosDivulgação
Dia Mundial da Limpeza: mais de 600 voluntários participam de ação na Praia do Flamengo
Grupo coletou resíduos como garrafas, seringas e guimbas de cigarro
Rio - Mais de 600 voluntários estiveram na Praia do Flamengo, na Zona Sul do Rio, para recolher lixo em celebração ao Dia Mundial da Limpeza, na manhã deste sábado (21). A iniciativa da Marina da Glória em parceria com o Projeto Tatuí do Instituto Ecológico Aqualung promoveu a retirada de cerca de 80 Kg de detritos como canudos, hastes de cotonete, tampas de garrafa, seringas e guimbas de cigarro.
O material retirado tanto do mar quanto da faixa de areia foi levado à Marina da Glória, onde será recolhido pela Comlurb nos próximos dias. Os voluntários que coletaram a maior quantidade de lixo foram presenteados com bolsas de estudo para o curso Formação em Líderes em Sustentabilidade para a Década do Oceano, oferecido pelo Aqualung.
"Um mutirão de limpeza não apenas restaura o meio ambiente, mas, acima de tudo, promove a consciência sobre a preservação ambiental. Ações coletivas nos lembram que cada um de nós tem um papel fundamental na proteção do nosso ecossistema. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir que as futuras gerações desfrutem de praias limpas e seguras", desejou João Fellipe Neves, coordenador ambiental da BR Marinas.
O mutirão começou pouco depois das 9h. Com luvas e bonés, os voluntários recolheram todo o tipo de material descartado irregularmente na praia. Enquanto alguns participantes procuravam objetos maiores como garrafas, brinquedos quebrados e sacos, outros se dedicavam a coletar pequenos fragmentos de plástico, que são perigosos para a vida marinha porque podem ser ingeridos por animais.
"Nos chama atenção a cada mutirão o aumento da contaminação pelo pequeno e microplástico nas praias. Ao chegarmos e olharmos para o cenário, não parece tão sujo. Mas quando olhamos mais de perto, os resíduos aparecem. E eles representam enorme risco para o meio ambiente", lamentou Luca Padovano, presidente do Aqualung.
As irmãs Julia Constantino, de 6 anos, e Rafaela, 4, eram das mais empenhadas na tarefa de limpar as areias. Ao lado do pai Gustavo, elas recolhiam o que achavam pela frente e mostravam indignação diante de todo o lixo descartado de maneira irregular na praia. "Eu fico muito feliz em ajudar, mas também fico muito triste em ver tudo isso. Assim a gente ajuda os animais", contou Julia.
No mar, a limpeza contou com a ajuda de 60 remadores de três clubes de canoa havaiana: Associação VagaLume Va'a, Team Noronha e Bra Va'a Canoe Club. A bordo de canoas e de catamarãs, eles recolheram o que encontraram boiando nas águas da Baía de Guanabara, da entrada da Marina da Glória à Praia Vermelha. Entre os detritos, foram recolhidos plástico, pedaços de madeira e até sapatos.
"Nós amamos o mar e dele tiramos saúde e alegria todos os dias quando remamos e admiramos o entorno. Queremos retribuir um pouco do bem que ele nos faz. Esse tipo de ação traz ainda o benefício de educar a população pra a questão ambiental", explicou Monica Cardoso, uma das praticantes de canoa havaiana que participou do mutirão.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.