Rio - A Polícia Civil investiga uma denúncia de um morador de São Gonçalo, na Região Metropolitana, que relatou que guardas municipais e policiais do Segurança Presente invadiram sua residência sem mandado judicial. Uma quantia em dinheiro teria desaparecido.
O caso aconteceu na tarde de quinta-feira passada (26). Segundo a acusação, as equipes entraram no quintal e retiraram equipamentos de refrigeração sem autorização. Os agentes também teriam levado R$ 3 mil, entre moedas e notas, que estavam em uma caixa. A casa do morador também teria sido revirada.
As máquinas foram recuperadas após a apresentação das notas fiscais na 73ª DP (Neves), mas a quantia em dinheiro não.
A Secretaria de Estado de Governo (Segov), responsável pelo Programa Segurança Presente, informou que a Base do Segurança de São Gonçalo recebeu uma solicitação da Secretaria de Ordem Pública da cidade para que apoiasse uma ação da pasta, já que os Guardas Municipais não usam armamento. A denúncia era que haveria no lugar um ponto de receptação de carga roubada.
A Segov destacou que, ao chegarem no local, os policiais e os demais agentes se depararam com diversos eletrodomésticos em um quintal - a maiorias nas caixas - além de três celulares e pares de chinelos no chão, dando a impressão de que as que pessoas que estavam no local teriam fugido para área de mata atrás do imóvel devido à chegada dos agentes.
A pasta destacou que os policiais constam no registro de ocorrência como testemunhas e que foi instaurado um procedimento apuratório sobre o fato. A Segov garantiu que os agentes utilizavam câmeras corporais durante a ocorrência, o que irá ajudar no esclarecimento do caso.
Já a Prefeitura de São Gonçalo, por meio da Secretaria de Ordem Pública, informou que a abordagem foi realizada depois de uma denúncia sobre receptação de aparelhos de refrigeração, prática de crime ambiental, com atividades de reparo e manutenção em área de proteção ambiental.
A Corregedoria da Guarda Municipal também está apurando a conduta dos agentes. A prefeitura garantiu que o órgão tomará as providências cabíveis, caso seja constatada alguma conduta irregular.
De acordo coma a Polícia Civil, o caso foi registrado na 73ª DP (Neves) e encaminhado à 74ª DP (Alcântara), que dará continuidade às investigações. Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos.
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