Corpo do mototaxista Pedro Henrique foi sepultado no Cemitério do Pechincha, na Zona OestePedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Cerca de 30 pessoas marcaram presença no enterro do mototaxista Pedro Henrique Figueiredo, de 27 anos, no Cemitério do Pechincha, Zona Oeste, na tarde desta terça-feira (1º). Sob forte comoção e indignação, familiares afirmam que o rapaz foi assassinado a tiros após milicianos descobrirem que ele era morador de uma comunidade dominada por uma facção rival.
Além disso, a família também alega que os criminosos encontraram em seu celular uma foto com uma arma de gel.
No último dia 25, Pedro Henrique saiu da Cidade de Deus, onde morava, para levar uma passageira até a Rua Araticum, no Anil. O corpo da vítima foi encontrado na Lagoa de Jacarepaguá, próximo à Avenida Ayrton Senna, quatro dias depois.
"Ele foi morto por conta da disputa de territórios. A foto com arma de gel só foi uma sentença para a morte dele. Lá todos os dias, é extremamente proibido a entrada de mototaxista, Uber, 99 moto e principalmente pessoas que moram em localidade dominada por facção rival. Ele estava trabalhando, ele só foi fazer seu papel de trabalhador que era deixar a passageira no destino", disse o cunhado da vítima, que preferiu não se identificar.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).